Depois de mais de três anos da investigação, a Justiça decidiu abrir processo contra milicianos que já perderam as áreas para o Comando Vermelho em Nova Iguaçu como Grão Pará, Dom Bosco e Conjunto da Marinha.
Ao todo, são 11 réus mas apenas um teve a prisão preventiva decretada até agora.
A investigação durou entre novembro de 2019 e até o mês de fevereiro de 2020, em comunidades que circundam a “Estrada de Madureira.
O grupo praticava crimes de homicídio, extorsão, agiotagem, corrupção, distribuição clandestina de sinal de TV a cabo e de internet, dentre outros.
Silvão era um dos coordenadores do grupo de WhatsApp criado para o monitoramento de vias, o qual era denominado “Conexão Baixada”, sendo responsável também pelo envio de informações sobre a presença de viaturas ou veículos, a fim de evitar que forças policiais ou grupos rivais não surpreendessem indivíduos da organização criminosa. Ele foi preso em fevereiro de 2020.
Havia outro grupo no aplicativo, o Futebol 32, afim de propiciar a segurança armada ao grupo paramilitar por meio da organização de rondas armadas nas regiões dominadas pela milícia, bem como a prática de extorsões e homicídios.
Outros crimes eram empréstimo de dinheiro a juros abusivos, além da extração clandestina de saibro, loteamentos irregulares e monopólio na venda de cigarros contrabandeados.
Outro foco de atuação do grupo era Estrada do Comporta, em Seropédica, onde os policiais apreenderam um telefone celular que tinha fotos das viaturas, uma delas descaracterizada, e uma caracterizada da Polícia Civil (DRF).
Os policiais ainda verificaram no telefone celular do denunciado outras mensagens enviadas com avisos sobre a localização dos carros da polícia, realizando um verdadeiro monitoramento da região, e ainda o encaminhamento de áudios comunicando sobre a passagem de viaturas policiais na localidade, inclusive sobre o seu deslocamento.