Denúncia do Ministério Público revela como foi o assassinato do segurança do miliciano Marquinho Catiri que foi morto no mesmo dia que ele, no bairro de Del Castilho, na Zona Norte do Rio, no ano passado.
Na manhã de 19 de novembro de 2022, por volta de 10h30min, na Rua Pedro Borges, altura do nº 48, Comunidade do Guarda, indivíduos em atividade típica de grupo de extermínio, efetuaram vários disparos de arma de fogo contra Alexsandro José da Silva, o Sandrinho, que veio a óbito no local.
Consta nos autos do inquérito policial que o denunciado George Garcia tomou parte na elaboração e implementou dispendioso e minucioso plano de delito, preparado com mais de um mês de antecedência, em que ele próprio alugou imóvel residencial no segundo andar de prédio situado na Rua Pedro Borges e instalou câmera de monitoramento para observação da rotina de Marquinho Catiri, vítima Alexsander, conhecido como “Sandrinho”, integrava a equipe de segurança.
O estratagema foi decisivo para o extermínio da vítima porque serviu de base para esconderijo dos seus algozes e seu armamento de guerra, composto por fuzis e granadas-de-mão.
As investigações policiais lograram também demonstrar que o denunciado José Ricardo Simões pagou o aluguel do imóvel usado pelo grupo titular, por meio de transferência via PIX (Banco Santander)
Enquanto o denunciado PM Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, teve a função de acobertar os denunciados após os fatos, inclusive organizando a fuga do denunciado George para a Estado de São Paulo, onde foi preso.
A vítima Alexsandro estava em via pública, realizando a segurança de “Marquinhos”, quando este saiu da academia, oportunidade em que George e outros indivíduos não identificados encapuzados dispararam na direção de ambos no curtíssimo trajeto entre o mencionado
estabelecimento e o veículo blindado (auto Mitsubishi L200 Triton, placa FPP 3D64).
Nessa ocasião, ainda, quando a vítima já estava caída no chão e a fim de se certificar de sua morte, George disparou contra sua cabeça.
Além dos executores, outros comparsas também concorreram para o homicídio, permanecendo em veículos de placas não anotadas e utilizados na fuga do grupo criminoso.
O crime foi praticado por motivo torpe, eis que impulsionado pelo abjeto sentimento de ganância, mediante promessa de recompensas.
O crime foi praticado por emboscada, eis que a vítima estava sendo aguardada de forma oculta, impossibilitando, assim, qualquer chance de defesa.
Após o homicídio acima narrado, os denunciados, ocultaram o cadáver da vítima.
Após executarem a vítima, indivíduos não identificados colocaram seu cadáver no interior do banco traseiro do veículo Toyota Hilux, placa KRN 3184, e o abandonaram na Rua Feliciano Aguiar, altura nº 58, bairro de Maria da Graça.
O principal suspeito de ser o mandante do assassinato de Catiri e do seu segurança é o contraventor conhecido como Adilsinho.