Em decisão deste mês, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de prorrogação da permanência do narcotraficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, em presídio federal, do qual está há cinco anos, e seu retorno ao Rio de Janeiro.
Segundo investigações, Rogério é uma das lideranças da facção criminosa Comando Vermelho e continuaria dando ordens a bandidos que comandam a Favela da Rocinha.
Informações do setor de inteligência da Polícia Civil, Sispen da SEAP e relatório do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) apontam o envolvimento de Rogério em diversos crimes e episódios de grande repercussão.
O traficante responde a diversos procedimentos criminais em andamento por roubos, extorsão, homicídio qualificado (vários), associação criminosa, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, sequestro e cárcere privado em diversos locais.
Um deles é o caso da invasão ao Complexo de São Carlos no ano 2020 quando Rogério foi acusado de ter dado apoio com homens e fuzis.
A Justiça alegou indemonstração da atualidade da sua necessidade (manutenção da atualidade da sua necessidade) já que o pedido é calçado em dados genéricos coletivos, pretéritos, desatualizados e requentados.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça Ricardo Cappelli criticou a decisão: No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando, recebemos uma determinação judicial para transferir de uma penitenciária federal para o Rio de Janeiro, um líder de facção do estado. Todos precisam cooperar no enfrentamento ao crime organizado.