Informações obtidas em investigações dão conta de que o incremento recente dos índices relacionados a roubos de veículos estariam atrelados a uma espécie de “liberação” ou “salve” da facção Comando Vermelho, que teria autorizado os roubos em larga escala, com exceção do roubo de cargas, ocasionando, por isso, o aumento dos índices de uma maneira geral,
Soma-se, ainda, a alta lucratividade e liquidez obtida com a comercialização de veículos adulterados para receptadores secundários, o que vem atraindo, cada vez mais, a atuação criminosa de integrantes do tráfico de drogas nesse tipo de empreitada.
O trabalho revela ainda que comunidades vinculadas à facção Terceiro Comando Puro, tais como as comunidades do São Carlos e Macacos estariam sendo identificados em investigações voltadas ao seguimento roubo de veículo.
O incremento da atuação de criminosos vinculados ao TCP desperta atenção dificultaria na busca de local de homizio em caso de fuga, seja, ainda, pelo amplo predomínio no seguimento pelo Comando Vermelho.
As comunidades podem ser dividas naquelas que possuem estrutura permanente para adulteração de veículos, como é o caso da comunidade dos
Prazeres, Paula Ramos e Nova Holanda, daquelas que atuam, pontualmente, na adulteração de autos, como é caso de comunidades localizadas no Complexo do Lins, Complexo da Penha e São Carlos e Macacos, que arregimentam elementos com expertise para adulterar os marcos
identificadores do veículo para atuação em empreitada, isto é, em obra certa, função específica, não possuindo equipe e estrutura própria para tal tarefa.
As comunidades que possuem estrutura permanente para adulteração de veículos, ostentam maior número de veículos produtos de crime
em seu interior depositados, ao passo que as demais comunidades apenas mantêm em depósito os veículos por poucos dias (no máximo 48 horas), que seria o prazo para o receptador secundário adquirir o veículo e retirá-lo do local.