Foi condenado a 20 anos e 08 meses de reclusão um homem citado em inquéritos policiais instaurados na 04ª DP (Centro) como um cidadão que abordava vítimas mulheres, fazia ameaças e praticava extorsões, exigindo que elas fizessem PIX ou realizassem saques após levá-las a caixas eletrônicos, agindo sempre com o mesmo modus operandi.
Uma das vítimas foi abordada no dia 01/02/2023, por volta das 12:00h, próximo ao desembarque das Barcas na Praça XV de Novembro, no Centro do Rio.
O bandido mediante graves ameaças de morte, passou a acompanhá-la sob o argumento que já a vinha seguindo desde Niterói.
Ele ordenou que ela não reagisse, alegando que estava armado e não hesitaria em executá-la.
O criminoso iniciou um percurso por diversas ruas no Centro do Rio de Janeiro, incluindo a Avenida Rio Branco e Senhor dos Passos em direção conhecido Mercado Popular na Rua Uruguaiana.
Para que a ação não fosse notada, a vítima teve que caminhar “abraçada” com o suspeito como se fossem um casal.
Em dado momento, o criminoso exigiu que a vítima realizasse um pix no valor de R$ 1.400,00, o que foi cumprido pela ofendida. Posteriormente, afirmou que após percorrerem o Mercado Popular na Uruguaiana, foram até uma estação do metrô, via Rua Senhor dos Passos.
O bandido, então, obrigou a mulher a efetuar o saque da quantia de R$ 900,00 em um Caixa Eletrônico 24 horas.
Nessa oportunidade, o criminoso subtraiu seus cartões de crédito e seu aparelho de telefonia celular, aproveitando que se encontrava logo atrás dela.
Finalmente, por volta das 12h45min, agora nas escadas de acesso à estação metroviária Uruguaiana, o réu passou a alisar as nádegas e seios da vítima sempre proferindo ameaças de morte ou de lesionar os seios dela, a vítima resistisse.
Nesse momento, o bandido fez a seguinte pergunta à ofendida: “Você prefere perder o bico do seio ou me chupar?”.
Em virtude do temor causado pelo comportamento agressivo do réu, que a todo momento alegava possuir uma arma de fogo e uma faca, não pode resistir às investidas criminosas.
Findas as empreitadas criminosas, na altura da Avenida Presidente Vargas, o réu ordenou que a vítima atravessasse e pegasse um táxi rumo à Central do Brasil, e que não mexesse na bolsa, e nem olhasse para trás.
Oportunamente, indagada pelo Ministério Público, afirmou que após os fatos passou a ter dificuldades para dormir, aumentou a frequência das sessões de terapia e deixou de realizar o trajeto usual para o trabalho, tendo ficado cerca de três semanas sem conseguir usar as barcas.