O Bonde do Zinho, Bonde do Z ou Família Braga é um grupo criminoso voltado para a prática dos crimes de milícia privada, extorsão, homicídios, porte e posse ilegal de armas de fogo, comercialização de armas de fogo e outros – considerada a maior associação criminosa do tipo milícia em funcionamento no Estado do Rio de Janeiro e, quiçá, no país.
“Zinho” assumiu o comando da organização após a morte de “Ecko”. “
Ele era conhecido por ser responsável pela contabilidade da milícia na época do comando de seus outros irmãos.
Com a ascensão de “Zinho”, a relação com a quadrilha de “Tandera” tomou outro rumo.
“Tandera” passou a travar verdadeira guerra contra “Zinho”, chegando ao ponto, inclusive, de várias vans serem queimadas na Zona Oeste em setembro de 2021.
Entretanto, em 20 de agosto 2022, o “Bonde do Tandera” sofreu duro golpe, com a morte de Delcio Lima Neto, conhecido como “Delsinho”, e Renato Alves Santana, o “Fofo”, segundo e terceiro homens, respectivamente, na hierarquia daquela organização criminosa.
Desde então, diversos integrantes do “Bonde do Tandera” migraram para o “Bonde do Zinho”, fortalecendo ainda mais a milícia.
“Zinho” compartilhava uma liderança descentralizada com outros homens do grupo, aos quais eram conferidas missões armamentistas, de controle financeiro e de extermínio de rivais, tudo sempre voltado à estabilidade e expansão territorial do grupo.
Zinho mantinha sua posição de líder máximo da milícia até os dias atuais, blindando-se ao máximo para que seu atual paradeiro não seja descoberto. “Zinho”, inclusive, evitava se valer de meios de comunicação rastreáveis – como é o caso das conversas através do aplicativo “WhatsApp” – para passar ordens e obter informações de seus comparsas, valendo-se, na maioria das vezes, do denunciado Cansado ou Fechamento como um “homem de recados”.
Quando fazia pessoalmente, “Zinho” utilizava-se do terminal telefônico utilizado pelo comparsa, tudo demonstrando proximidade física entre eles, além de inegável relação de fidúcia.
Segundo um processo de 2022, o bando de Zinho passou a atuar em conjunto com integrantes do tráfico no Complexo da Penha e do Morro do Dezoito, em Água Santa, dominados pelo Comando Vermelho.
Além disso, os denunciados determinam prática de homicídios para consolidar o poder de fato nas regiões dominadas e para exterminar integrantes de facções rivais.
Estabelecendo alianças para expandir os territórios dominados pela organização, os denunciados atuam em conjunto com criminosos que homiziados no Complexo da Penha e no Morro do 18, ambos na zona norte da Cidade do Rio de Janeiro.
O grupo de Zinho impõe métodos de intimidação coletiva, promovem invasões armadas em territórios controlados por outros grupos criminosos e montam substanciosos esquemas de contenção armada contra os agentes da segurança pública do Estado.
Nos últimos meses, vários integrantes da quadrilha foram mortos em razão de cobranças internas como Dom e seu irmão, Formigão (frente do Rodo), Dadeira, DG, Neném (frente de Sepetiba, Leão e Soldado.
Zinho tem cinco mandados de homicídios contra ele. Um dos casos foi o assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, um dos fundadores da milícia que ele comanda.
Seu grupo também é acusado da morte de Alan Ribeiro Soares, o Nanan, considerado um dos maiores rivais da milícia de Zinho..