Depois de mais de cinco anos, a Justiça Federal recebeu em 2024 denúncia contra o traficante Marreta, um dos líderes do Comando Vermelho, e o seu filho Rubinho suspeitos de manter diálogo dissimulado de conteúdo criminoso com o objetivo de ludibriar o monitoramento penitenciário do presídio federal de Catanduvas (Paraná)..
A acusação, no entanto, foi rejeitada “dois diálogos, isoladamente, não se prestam a evidenciar a existência de vínculo associativo estável e permanente. não foram apresentados na denúncia e documentos que a instruem fatos capazes de apontar para um vínculo associativo dos denunciados voltado ao cometimento de delitos, motivo pelo qual não há falar em justa causa para o exercício da ação penal em razão da insuficiência probatória. Nesse contexto, deve-se concluir que somente os diálogos destacados não são suficientes para caracterização do delito de integrar organização criminosa
Na conversa mantida no parlatório de Catanduvas, o fiho de Marreta, que hoje está preso em Bangu 3, repassou informações sobre conflito entre os criminosos (chamados de ‘crianças’) que o pai comandava na localidade denominada Praça Seca e meliantes de outra facção (chamados de ‘primos’ e ‘moleques’) e dele recebeu orientações sobre como adquirir armas (chamadas de ‘materiais para estudar’ e ‘canetas’) e munições (chamadas de ‘tinta’) e agir pela disputa e manutenção do território (chamado de ‘colégio’) em que exercia/controlava o tráfico de entorpecentes.
Seis meses após a visita do filho, Marreta conversou com uma mulher no parlatório de Catanduvas quando foram captadas conversas dissimuladas indicando que Rubinho havia cumprido as orientações criminosas do pai e que também executava outras funções na Organização Criminosa.
VEJAS AS CONVERSAS