Um dos chefes da ADA (Amigos dos Amigos) na Zona Oeste do Rio e fugitivo do presídio Bangu 6 no ano passado, o traficante Índio do Jardim Novo foi condenado a 16 anos e sete meses de prisão por um roubo cometido há três anos..
Índio estaria envolvido nas recentes guerras com milicianos pelo controle da comunidade da Carobinha, em Campo Grande. Ele não estaria aceitando uma suposta aliança com o Comando Vermelho.
O roubo ocorreu no dia 03 de agosto de 2021, por volta das 09h40min, na Rua Capitão Teixeira, 573 loja D, em Realengo.
Índio e outros indivíduos ainda não identificados, subtraiu carga de carne bovina da JBS, avaliadas comercial em R$ 58.919,59
No dia dos fatos, a vítima transportava uma carga de carnes bovinas, quando ao parar ao lado de duas motocicletas, foi abordada pelos quatro ocupantes daquelas motos. Na oportunidade, um dos motoqueiros, não identificados, que portava uma arma de fogo, falou “perdeu a carga!” “fica quieto e segue agente” (sic).
Ato contínuo, outro elemento não identificado, sentou-se no caminhão ao lado da vítima, portando uma arma de fogo e um aparelho conhecido como “capetinha” (utilizado para impedir o bloqueio remoto do caminhão), garantido, assim, que o ofendido seguisse seus comparsas que estavam em Cobalt/verde e um Prisma/prata com placas tapadas e uma das motos. Desta forma, a vítima seguiu até uma favela onde já havia vários homens, incluindo o denunciado, aguardando para descarregar o caminhão. O denunciado, por sua vez, já estava no local de descarga da carga roubada, portava um fuzil e uma pistola na cintura e se comportava como “chefe” do grupo criminoso, verificando a descarga do material.
A vítima afirmou que havia mais de 30 homens no local aguardando a carga e todos estavam fortemente armados; que havia homens com fuzil; que o indivíduo que o rendeu estava de pistola; que o fuzil viu somente na Comunidade; que a Comunidade é Jardim Novo; que não se recorda de ter ouvido o nome ou vulgo de alguém que seria responsável pela área; que não se recorda de ter ouvido o vulgo “capetinha”; que “capetinha” é o aparelho; que só soube o nome do meliante na delegacia; que o “capetinha” é um aparelho bloqueador de sinal do rastreador e do telefone; que não adiantava apertar o botão de pânico; que não se recorda de ter visto alguma pichação alusiva à facção criminosa; que ficou muito nervoso e só fez o que o indivíduo estava mandando; que na delegacia o delegado lhe mostrou o caminho por onde ele teria sido levado pelos criminosos, o nome da Comunidade, a facção da Comunidade e o nome do acusado que reconheceu através das fotos; que na delegacia foram mostradas mais de 50 fotos; que entre as últimas fotos reconheceu o acusado; ; que o acusado estava na Comunidade; que só reconheceu uma pessoa; que o acusado era o único que estava de chinelo e bermuda.
O delegado disse para a vítima que o acusado mandava na favela e era responsável por roubos de carga;