Preso há vários anos, o traficante Binho do Engenho ou Bin Laden ainda continua exercendo forte liderança frente das comunidades historicamente sob seu domínio, comandando o tráfico de drogas e armas nas regiões e planejando tomada de territórios com o fim de expandir seus domínios e consequentemente do Comando Vermelho, a qual pertence e exerce papel de liderança.
Relatório de inteligência aponta. que há atualmente diversos procedimentos criminais em andamento instaurados para apurar a prática de crimes como homicídio qualificado (diversas vezes), ocultação de cadáver, associação para tráfico de drogas (diversas vezes), posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito pelo criminoso em diversos locais.
Em redes sociais, é possível notar a influência e prestígio que líderes de organizações criminosas, como Binho, detém perante pessoas que veneram e idolatram o mundo do crime: (fundamentação instruída com prints de postagens em redes sociais).
Segundo o documento, não há informações ou conhecimentos que apontem que Binho tenha demonstrado qualquer comportamento ou alteração de conduta que indique ou sugira sua saída do primeiro escalão de lideranças do CV, ou qualquer interesse em abdicar de sua posição hierárquica no tráfico de drogas.”
HISTÓRICOBinho junto ao traficante conhecido como “Tota”, hoje falecido, teriam precocemente ganhado prestígio na organização criminosa Comando Vermelho e comandado as atividades no Engenho da Rainha e no Complexo do Alemão. “Binho” ingressou no sistema penitenciário fluminense em 08 de fevereiro de 2002 e foi solto em 09 de maio do ano de 2005.
Já no ano de 2007, era considerado uma liderança ativa no Complexo do Alemão. Em fevereiro de 2007, teria se envolvido no assassinato de um policial federal ocorrido na via conhecida como Linha Amarela, no município do Rio de Janeiro.
A vítima foi torturada e morta com nove tiros. O crime foi filmado para ser exibido em festas dos criminosos. Robson foi preso no mesmo mês do assassinato. (fundamentação instruída com notícias veiculadas na imprensa, denotando a notoriedade dos motivos alegados)
Ele e outros criminosos, em fevereiro de 2013, fugiram do Instituto Penal Vicente Piragibe, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, através de um túnel construído na tubulação de esgoto.
Em junho de 2013, criminosos fizeram uma investida com a finalidade de resgatar o preso Lindomar de Oliveira Brant, vulgo “Dodo”, que atualmente está acautelado no Presídio Gabriel Ferreira de Castilho – SEAPGC – Bangu IIIB – destinado a lideranças do CV. Lindomar já esteve custodiado em presídio federal. Na ação, um agente penitenciário foi assassinado e outras duas pessoas ficaram feridas. Investigações indicaram que Binho teria liderado a ação criminosa. (
Ele era o líder do Comando Vermelho no Complexo do Chapadão, quando abrigou outros integrantes da cúpula da organização criminosa como Cláudio José de Souza Fontarigo, conhecido como “Claudinho da Mineira”, Ricardo Chaves de Castro Lima, apelidado de “Fu da Mineira” e Luiz Cláudio Machado, alcunhado de “Marreta”.
Binho e outras lideranças do Comando Vermelho teriam se reunido no Chapadão para planejar e organizar ataques contra unidades policiais, que começaram a ser executadas.
Em junho de 2015, uma operação foi deflagrada para prender membros da organização criminosa Comando Vermelho que atuavam sob as ordens de lideranças reclusas, como de Márcio dos Santos Nepomuceno, alcunhado de “Marcinho VP”. “Claudinho da Mineira”, seu primo, Ricardo, vulgarmente conhecido como “Fu” e Binho seriam as principais lideranças soltas do Comando Vermelho, e seriam “porta vozes” dos presos.
Mídias mostram áudio onde Binho, junto a outros criminosos, filiados ao Comando Vermelho, antes de ser preso, dialogou trégua com Celso Pinheiro Pimenta, o criminoso que era conhecido como “Playboy”, pertencente à organização criminosa rival Amigo dos Amigos.
O diálogo deixa claro o papel de liderança de “Binho”, que detém poder para negociar em nome de todo o Comando Vermelho.
Em agosto de 2015, após ter passado longo período foragido, Binho foi preso junto a outras lideranças do Comando Vermelho.
O criminoso estava se homiziando na mesma área onde liderava as atividades criminosas:
Enquanto esteve custodiado em presídio estadual fluminense, Binho cometeu faltas disciplinares graves, tipificadas nos artigos 50 e 118 da Lei de Execuções Penais, dando origem às punições de isolamento e suspensão de direitos por igual período, bem como rebaixamento de seu índice comportamental para o grau negativo.
Em setembro de 2019, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora, UPP, do Morro da Providência prenderam Gerceli Aguiar, conhecido como “Faraó”, e apontado como um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Chapadão, um dos maiores redutos do tráfico de drogas da orcrim CV no Rio de Janeiro. “Faraó” é irmão de “Binho”, o principal líder do Complexo do Chapadão.