Trechos de escutas telefônicas revelam a atuação de um dos fornecedores de armas e drogas para a facção criminosa Comando Vermelho vulgo Rato, que foi preso em 2019 e condenado em 2022 a quatro anos e um mês de prisão tendo ganho direito de recorrer em liberdade.
O bandido atuava entre as comunidades da Rocinha (onde passava a maior parte do tempo), Faz Quem Quer e Jorge Turco.
Em uma das conversas, Rato pediu a Tio Novo enviar munição de AK. Ele respondeu que já tinha munição de 5,56 comprada e queveria o que fazer.
Em seguida, Tio Novo inforou que conversou com um rapaz que tem um amigo querendo vender dois ¿G3¿ (fuzil), tendo Rato respondido para ver que ¿eles paga, G3 eles paga sim¿.
Em outra conversa, Tio Novo disse que lhe ofereceram um pó muito bom. “Tô indo lá olhar, vou te mandar”. Rato, então, respondeu. “Tá bom. Se for né um bom preço né¿. Tio Novo falou. “Isso mesmo”
Em mais uma interceptação, Tio Novo explicou que vai chegar primeiro as ‘jujubas’ (munições) e depois os fura (fuzis) um de cada vez¿, tendo Rato indagado ¿mais será que sem ser essa semana a outra chega um (fuzil) e Tio Novo explicando que sim, com certeza, e que ia mandar tudo junto as jujubas num dia e os fura no outro.
Rato pediu tenta mandar 100 caixa de AK¿ e Tio Novo respondeu¿vou fazer o possível, mano¿.
O bandido Red Bull enviou a Rato um print de um diálogo com um comparsa em que diz que ¿falaram que está tudo emprestado com os amigo que estão puxando pras guerras¿, o comparsa pede ¿vê comRato ai, nos compra bico (fuzil) com ele a 20mil e i dando por semana. Vê se ele deixa um com nos la emprestado¿. Rato disse que iria ver.
Em seguida, Rato disse que iria mandar sete fuzis para os ¿menor¿ tirarem plantão no Morro (do Faz Quem Quer).
Além das negociações de armas e drogas, a polícia obteve também diversas imagens armazenadas nos aparelhos telefônicos de Rato, dele exibindo fuzil, usando cordão de ouro e homens de sua confiança também empunhando armas de grosso calibre e perto de cargas de drogas.