Assim como as facções criminosas que controlam o tráfico em comunidades do Rio de Janeiro, as milícias também têm a regra de sustentar a família de membros presos e mandar dinheiro para custear as despesas de quem está na cadeia.
Um dos milicianos que fazia parte deste esquema era Pet ou Flamengo, que foi solto pela SEAP recentemente mesmo estando com mandado de prisão vigente.
Quando esteve preso em Bangu anos atrás, ele falava ao telefone mantendo contatos com familiares a quem orientava sobre o recebimento de dinheiro por parte da milícia.
No caso da milícia que explorava a área de Sepetiba, o dinheiro para sustentar famílias e presos vinha da venda de terrenos e casas.
“Os milicianos se comunicavam diretamente entre si e com familiares, questionando sobre pagamentos que a milícia fazia a eles como uma espécie de salário a que os presos teriam direito por servirem àquela organização paramilitar”, informou a investigação da época.
O ramo imobiliário era altamente lucrativo e desempenha fator de grande interesse entre vários locais que disputam as vendas entre si indiscriminadamente, vendendo-se, inclusive, o mesmo imóvel a mais de uma pessoa mais de uma vez.