Tramita desde 2019 na Justiça um processo contra 29 traficantes que atuavam nos complexos da Maré e de São Carlos e também no Morro do Dezoito, em Água Santa, quando este era dominado pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
O Inquérito Policial nº 902-00012/2019 teve início com a apreensao, durante diligência policial, de um caderno com anotações da contabilidade do tráfico, e da movimentação de armas e drogas da facção.
Desta apreensão, foram identificados números de telefonia celular, os quais foram objeto quebra de dados e de interceptação telefônica e de dados.
Como resultado da interceptado, restou apurado o envolvimento dos denunciados, que eram usuários dos aparelhos com as atividades criminosas.
O Complexo da Maré serviu como base para que a quadrilha expandisse seus deiitos no roubo de cargos e roubo de veículos.
O inquérito possuía três vertentes investigativas.
A primeira relaciona-se apenas aos integrantes do tráfico de drogas no “Complexo da Maré”.
A segunda linha possui envolvimento com o roubo de cargas. E por ultimo, a terceira, relacionando-se corn o roubo de veiculos, sendo certo que as duas últimas se utilizem das armas de fogos fornecidas pelos integrantes da da mesma associação criminosa para a pratica delituosa.
Complexo da Maré
Elinho atuava no abastecimento de entorpecentes e no comércio de equipamentos de comunicação, tais como radiostransmissores e outros que são utilizados pelos integrantes da quadrilha nos pontos de venda de drogas nas comunidades dominadas pela facção “TCP”
Ele também abastecia as comunidades da “Serrinha” e “Senador Camará”, entre outras e era braço-direito de Lacoste.
Gordinho era o principal fornecedor de haxixe e químico responsável pelo laboratório do tráfico na Maré cuidando da mistura dos entorpecentes que eram disponibilizados para consumo dos usuários além daqueles que eram comercializados em grandes quantidades.
Professor ou Oclinho atuava no abastecimento das comunidades dominadas pela facção e cumpria as ordens de Gordinho.
Pernambuco atuava no transporte de entorpecentes, em especial skank.
Pará atuava como gerente de cocaína, ecstasy e lança perfume da Maré.
Dino portava armas de fogo de grosso calibre nos pontos de venda de drogas.
Jackson transportava drogas entre as comunidades do TCP, além de fornecer informações sobre a atividade policial.
PG recebia valores oriundos do tráfico de drogas.
Morro do Dezoito
Dieguinho atuava no transporte de drogas levando- as até o Morro do Dezoito.
Cara de Sapo era o gerente do Morro do Dezoito. Ele atuava na conferência dos valores arrecadados nos pontos de venda.
THI do 18 era radinho na localidade. Ele tinha gerência sobre a frequência de rádio utilizada pelos traficantes da facção determinando a mudança de frequência para evitar que criminosos rivais pudessem interceptar as comunicações.
Dilão fornecia armas e munições aos demais membros da quadrilha do Morro do Dezoito.
Piolho ou Professor era na época o dono do Morro do Dezoito mesmo preso tinha forte influência sobre todos os seus comparsas.
Fazia parte também do bando o traficante HO, que mudou para o Comando Vermelho.
São Carlos
Léo Empada exercia posição influente na facção tendo como principal base o Complexo de São Carlos.
Coelho, apesar de preso, continuava a exercer liderança no complexo de São Carlos tendo participado ativamente na guerra” pelo controle do “Morro do 18”.
Limão era um dos”chefes” do tráfico de drogas no complexo de São Carlos e possuía intensa participação na “guerra” pelo controle do trafico de drogas no “Morro do 18”
Roubo de cargas e veículos
Tricolor, Gedeão, Derley, Cego e Paraíba se associaram para cometerem o crime de roubo de cargas, possuindo funções imediatas nos assaltos, seja escolhendo as. mercadorias a serem subtraídas, seja acompanhando em um comboio ate um imóvel pre-determinado para o descarregamento, ou auxiliando na retirada dos bens subtraidos do interior dos veículos.
Tricolor, por exemplo, escolhia a carga a ser roubada e acompanhava a retirada do caminhão avisando aos comparsas.
Derley negociava as cargos roubadas com diversos receptadores e efetuava a partilha dos lucros provenientes dos roubos.
Ele ainda comprava os bloqueadores utilizados para impedir que o sinal dos caminhões objeto dos assaltos fossem transmitido aos satélites de monitoramento das empresas, possibilitando, assim, que sejam escondidos ou ocultados com o fim do transbordo.
Gedeão era o responsável pelo transbordo das mercadorias e o armazenamento dos produtos.
Paraíba planejava e executava os assaltos.
Lego e Paulinho eram responsáveis pelos roubos de veículos.
Ambos planejavam e executavam as ações. Os veículos eram encomendados ou usados em negociação posterior