Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, o advogado Rodrigo Crespo, assassinado este ano no Centro do Rio, vinha incomodando interesses escusos de organização criminosa atuante, dentre outras atividades, na exploração de jogos de apostas online”.
Crespo foi executado mediante emboscada, “uma vez que o autor ciente da rotina da vítima levantada após rotineira vigilância e monitoramento feita pelos demais denunciados, aguardou-a sair do trabalho, de maneira que foi atacada de inopino quando menos poderia supor o ataque”.
E ainda que o crime foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, “que foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, quando se encontrava de costas, em típico ato de execução sumária”.
O caso se encontra na fase de audiência de instrução e julgamento do processo sobre o homicídio.
A sessão, que ocorreu perante o 3º Tribunal do Júri, teve início na segunda-feira (09/09) e terminou nesta quinta-feira, dia 12. Nesta primeira fase do processo, foram ouvidas 23 testemunhas, entre acusação e defesa, além dos três réus denunciados pelo MPRJ.
Os réus são o policial militar Leandro Machado, Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondêgo de Souza, que acompanharam a audiência no plenário do júri.
Os promotores que acompanham o caso esperam que os acusados sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri sob alegação de que ficou devidamente comprovada a participação deles no crime, a que consideram brutal.
O MP explica que o processo vai seguir agora para fase das alegações finais. Na sequência, o juiz decide se há indícios suficientes de que os réus cometeram o crime. Se houver, o magistrado emite a pronúncia – julgamento pelo Tribunal do Júri, ou seja, decide que o processo vai avançar para o júri popular