A Justiça decretou as prisões de quatro pessoass envolvidas no desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, 54 anos em Petrópolis.
Anic desapareceu em 29 de fevereiro. De acordo com as investigações, o mentor do crime, funcionário da família da vítimas há cerca de três anos, aproveitando-se da confiança nele depositada pela família e do conhecimento sobre a sua rotina, arquitetou o plano criminoso e contou com o auxílio dos filhos e de uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, para sua execução.
Para a Promotoria, a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado.
O idealizador do sequestro apresentou-se à família como policial federal, sem ser, no entanto, conquistando, de imediato, a sua confiança e, assim, passou a realizar a segurança pessoal dos seus integrantes, além de ter acesso irrestrito a cartões de crédito e às respectivas senhas.
O marido da vítima, sem conhecimento da verdadeira identidade dos sequestradores, pagou o resgate de cerca R$ 4,6 milhões para libertá-la.
Somente em 14 de março o caso foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. A ideia de não avisar as autoridades foi do próprio funcionário das vítimas, adiando o início da apuração do crime.
O Idealizador do sequestro, e os demais acusados, foram os reais beneficiários do valor pago a título de resgate.
No dia do pagamento do resgate, a quadrilha comprou um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pagos em espécie. Além do carro, o bando comprou uma motocicleta e 950 celulares, tudo com o dinheiro do resgate.
O marido da mulher desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias por orientação do funcionário e em contas por ele indicadas para aquisição de dólares, também para pagamento do resgate.
Também há indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente apurados.