O miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, tem uma lista grande de inimigos, o que reforça a tese de que ele se entregou com medo de ser morto não só pela polícia.
Ele virou um desafeto de integrantes da contravenção por conta do negócio dos cigarros contrabandeados.
A suposta briga teria sido comprada com um contraventor que fornecia os produtos ilegais vindos do Paraguai, vulgo Adilsinho.
O miliciano Pipito, um dos cabeças da quadrilha de Zinho, teria mudado de fornecedor, causando insatisfação no contraventor, que teria oferecido recompensa pela cabeça dele.
Já circulou boatos de que Zinho teria se aliado a um outro bicheiro para tomar pontos de dois contraventores, entre eles o que ele briga pelos cigarros contrabandeados e o outro que domina a Zona Oeste da capital.
Mas a lista de inimigos não para por aí. Os milicianos Tubarão e Juninho Varão da Baixada Fluminense e Jacão e Magrinho, herdeiros do grupo de Nanan, eram os principais adversários de Zinho fora da cadeia e se uniram para brigar com ele pelas áreas de Guaratiba, Vargem Grande e Recreio dos Bandeirantes.
Dentro do sistema penitenciário, Zinho pode enfrentar outros problemas. Há relatos de que ex-aliados como Xandy e André Boto estariam de volta ao RJ. Ambos teriam aproximação com traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP). Zinho está isolado na cadeia.
Não seria apenas a deputada estadual Lucinha a suposta ligação de Zinho com a política. Há denúncias de que mais gente relacionada ao tema também teria envolvimento com o bando e seria o elo do miliciano e o Comando Vermelho.