Veja agora detalhes do assassinato de Camille Vitória Pereira Rodrigues, de 21 anos, que ficou desaparecida após ser atraída para uma entrevista de emprego. Depoimentos apontam que ela foi morta por um homem que usava terno por ter dado uma volta em uma mulher por conta de uma joia cara.
Segundo relatos, um ex-policial militar acionou o vigia de um clujbe para arrumar uma mulher para fazer um serviço.
Ele precisava de uma mulher jovem e malandra para tirar fotos e vídeos da esposa de um homem que estaria sendo traído.
O ex-policial alegou que o homem tinha muito dinheiro e era proprietário de cinco postos de gasolina. O serviço era registrar a traição da mulher;.
O ex-PM teria dito que o homem traído tinha 70 anos e a mulher 24 anos. O homem estava irritado alegando que ela estava gastando o dinheiro dele com o namoradinho.
O vigia pensou em Vitória por se encaixar no perfil que o ex-PM queria e por saber que a jovem toparia esse tipo de serviço.
Camille eceberia 500 reais pelo serviço. O vigia perguntou quanto receberia pela indicação e o ex-PM disse que daria uma ajuda financeira, mas não disse quanto;
O vigia falou com Camille Vitória e ela topou o serviço. Ele intermediou o encontro.
Eles marcaram no dia 26 de junho via Facebook para irem encontrar com o ex-PM na Central do Brasil;
No dia 01 de julho, o vigia se encontrou com a moça em frente ao mercado Super Market de Anchieta, em frente ao MC Donalds, por volta de 8h, e foram juntos de ônibus da linha 124 (Nilópolis X Passeio) até a Central do Brasil.
Camille fez um lanche primeiro e depois encontrou com o ex-PM. Ficaram converseando por por cerca de 15 minutos bem perto do acesso. Vitória e o ex-PM trocaram telefones.
O ex-PM disse que o serviço seria no bairro Nova Campinas, em Duque de Caxias.
O ex-policial buscaria a jovem na Central e levaria até a comunidade e depois voltaria com ela.
O serviço foi adiado para o dia 05/07/2024. O vigia cruzou com a jovem na rua quando ela pegou o moto uber em direção a estação de trem de Anchieta.
Por volta de meia-noite do mesmo dia, o ex-PM ligou para o vigia e edisse. “Deu ruim!!! Fui buscar a menina e ela não estava lá!! Desliga o telefone e quebra o chip”.
O ex-PM utilizando o telefone da esposa para se comunicar com o vigia alegando que o dele estava quebrado;
No sábado, dia 06/07/24, foi a uma loja perto do clube e formatou o seu aparelho celular e trocou o chip.
Após o desaparecimento, não teve mais contrato com o ex-PM.
O vigia falou que estava almoçando na casa da sua irmã quando soube que a família da jovem esteve no clube o procurando e o acusando de ter feito algo com ela.
Ele ficou com medo e por orientação da própria irmã e da sua filha decidiu não voltar ao clube. As pessoas ligaram para a sua filha perguntando e acusando o declarante do desaparecimento de Camille.
Disse que ficou com med de represálias por parte da família de VITÓRIA. Sabe que o irmão de Vitória respondeu processos criminais, utiliza inclusive tornozeleira.
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Durante esse tempo, ficou peregrinando nas casas dos seus parentes com medo.
No domingo, ;dia 07/07/24, o declarante esteve na delegacia da Cidade Nova registrando uma calúnia, pois a família de Vitória esteve na casa da sua irmã.
Ele reconheceu a foto do ex-PM.. Que perguntado se, em algum momento durante os dias de tratativa do serviço, o homem que estava sendo traído realizou algum contato direto com o declarante por telefone ou rede social , informa que não.
Falou que teve por sua vida porque esse ex-PM é conhecido por ser muito violento;
O ex-PM disse que conhecida o vigia há 40 anos quando residiam no bairro de Nilópolis.
Disse que tinha conhecimento de que o vigia agencia diversas moças novas em programas de cunho sexual e sabia também que gravava video de moças novas, mas não sabe para qual finalidade.
Falou que o desaparecimento de que o desaparecimento de Camille Vitória envolve diversas pessoas, inclusive o vigia e um outro amigo.
Disse que encontrou com esse outro amigo que lhe apresentou uma demanda; Que Fernando lhe narrou que precisava de uma moça nova para realizar um determinado serviço e que o vigia já sabia quem seria.
Que segundo esse amigo, ele estaria sendo chantageado por uma mulher e precisava de alguém para dar um flagrante nesta mulher com um homem;; E que a tal moça contratada deveria tirar fotos e filmar esta mulher em companhia de outra pessoa;
O ex-PM disse que poderia ajudá-lo e, em troca, receberia mil reais. O ex-PM fez contato com seu amigo vigia fim de conseguir a tal moça para realizar o serviço.
O vigia conseguiu uma menina para realizar o serviço contratado pelo amigo do ex-PM mas não era a menina que o homem procurava.
O amigo do ex-PM recusou a menina dizendo que não era a garota e que o vigia e o ex-deveriam achar uma moça específica que o homem estava procurando;
O ex-PM deveria fazer uma avaliação da nova moça e repassar ao amigo; Que em uma outra oportunidade, o ex-PM se encontrou novamente com o homem e presenciou quando o telefone dele tocou e ao atender o amigo mencionou “Nina com sendo a pessoa com quem estaria conversando;
Que na ligação, o homem relatou a “Nina” que a primeira moça não era a tal menina que ele estava procurando; Ele indagou a “Nina” se o serviço seria em Caxias ou Guapimirim.
O ex-PM não ouviu o que “Nina” teria respondido. Ele presenciou o amigo afirmando a “Nina” que outra moça, com perfil, seria contratada;
Que no dia 02 de julho, por volta de 9:00h, o ex-PM se encontrou com Camille Vitória e o vigia e com João a fim de avaliar se esta teria o perfil solicitado pelo amigo.
O ex-PM explicou a Camille que teria um amigo que precisava de um serviço de fotos e filmagem e para tanto ela receberia dois mil reais. Ela disse que aceitaria o serviço, pois estaria precisando de dinheiro;
Nesta dia já ficou acertado que Camille deveria estar na central do Brasil na sexta-feira, dia 5 de julho, às 16:00h, Neste dia, ex-PM informou que a jovem teria o serviço de filmar e fotografar um homem e uma mulher.
Estava acertado que um homem, até então não identificado, iria encontrá-los na Central para levar Camille para o serviço.
O ex-PM encontrou com tal homem, a partir das características físicas repassadas pelo amigo. Que o homem era moreno, estatura mediana e olhos azuis e um pouco forte com cabelos pretos e curtos; Que o homem usava calça jeans e um blusão tipo social de cor verde escura; Ele aparentava estar armado e usava um “Walkie Talkie”.
Esse homem disse ao ex-PM que era para levar a Camille Vitória para uma praça em Guapimirm. O o declarante foi pego de surpresa porque achou que seu trabalho terminaria ali.
O ex-PM disse que o homem bateu uma foto da Camille no celular dele e mandou para alguém e entregou outro aparelho de telefone celular para a jovem;
Parecia que o homem estava ensinando para Camille Vitória como utilizar o telefone celular entregue a ela;
Camille pegou o seu próprio aparelho de telefone celular e gravou uma mensagem de áudio dizendo que tinha encontrado “NIna e que iria fazer um favor para ela em Campo Grande; Que o declarante acredita que Camille tenha enviado este áudio para algum familiar dela;
Então, o ex-PM foi com a jovem andando nas proximidades das vans, e foi quando o homem passou de Corola mpreto e chamou o declarante para entrar no carro com Camille.
Que ele disse que os levaria até Guapimirm; Que durante o trajeto, na Rodovia Washington Luiz, o homem parou o carro perto do Shopping Caxias (sentido Guapimirim;).
Que um homem bem arrumado (de terno) entrou no banco do carona; Que neste momento, o declarante achou muito estranho este homem entrar no carro. Camille até então estava calma.
Na Rio Magé, o ex-PM viu que o homem de terno ligou para Nina e disse; “A menina está comigo”
Que tudo seguia normal no trajeto, e o homem de terno pediu para Camille VItória lhe entregar o celular dela e ela entregou; Que no trajeto, o declarante falou com o homem que sua parte seria apenas levar a menina para Guapimirim; Que então, pediu para descer do carro já que eles seguiriam com ela para lá;
O homem parou o carro próximo de um viaduto , e então o ex-PM desceu; Que neste momento, o declarante continuou observando o carro indo embora, e viu que o Corola fez o contorno voltando sentido Rio de Janeiro.
Que neste momento, o declarante se escondeu do outro lado da pista e ficou acompanhando o carro; Que foi quando percebeu que o Corola diminuiu a sua velocidade, e parou;
Que durante o tempo em que o carro ficou parado na pista sentido Rio de Janeiro, o ex-PM (estando do outro lado da pista) começou a andar, seguindo a pé e sempre observando o carro do outro lado;
Quando chegou a pé na altura da ANTT, o declarante ainda estava do outro lado da pista e viu quando o Corola se aproximou sentido RIO e entrou em uma rua à direita ,
Que neste momento conseguiu visualizar o carro parado nesta rua, perto de entulhos; Que este carro estava perto da cerca e foi quando pôde verificar que após alguns minutos viu quando Camille Vitória desembarcou do carro;
Que o homem de terno também desembarcou; Que o homem de terno colocou o dedo na cara dela, gesticulando e dando muitos tapas na cara dela; Que naquele momento, o declarante viu que deu alguma merda; Que o homem desceu do carro mas não o viu batendo na Camille Vitória
Que ficou assustado e meteu o pé, indo pegar a sua bicicleta no centro de Piabetá; Que foi quando começou a ligar para o vigia, e perguntou a ele o que estava acontecendo;
Que, por volta das 23;00 o declarante efetuou ligação telefônica para o vigia.
Que o ex-PM não ligou de seu telefone, mas de um aparelho que lhe havia sido entregue pelo amigo para esta empreitada.
Avisou logo ao vigia que a garota que ele havia mandado, estava tomando porrada de um cara de terno. O vigia disse. “Caralho, porra! Puta que pariu, vai dar merda, o que eles fizeram com a garota?”.
O ex-PM disse que não sabia o que eles fizeram com a Camille, e que ela tinha apanhado; Que ao saber da notícia, o vigia se desesperou e disse ao declarante que ia deletar tudo do celular dele; Que as redes sociais ele iria apagar;
O ex-PM ficou com muito medo também do que poderia acontecer com sua vida. Afirmou que não conseguiu dormir naquele dia (de sexta para sábado), e no dia seguinte, pegou a sua bicicleta elétrica e foi até o local onde havia visto o Corolla;
Que chegando lá, ainda de manhã, viu através da cerca que havia um corpo que calçava um tênis preto com detalhe rosa; Que o corpo estava enrolado em um edredon perto de umas árvores; Que o local é ermo; Que saiu dali correndo e não avisou a ninguém sobre o corpo;
Que perguntado sobre a a motivação do crime , o declarante informa que o vigia lhe narrou que Camille VItória teria dado uma volta em Nina;
Que parece que é algo envolvendo alguma jóia muito cara; Que Ninia teria acionado o homem amigo do ex-PM para que alguém conseguisse chegar até ela.
Que esta pessoa seria o vigia; Que ele é quem conhece todas as meninas da região de Anchieta;
Que quando o caso foi para a mídia, o ex-PM logo viu que estava matriculado numa situação envolvendo o desaparecimento dela; Que por isso está , neste ato, detalhando o que fez e viu; Que o declarante garante que não matou Camille; Que sua participação foi apenas levar Camille ao encontro do homem indicado por seu amigo mas não tinha ideia de que já havia algo arquitetado contra esta jovem;
Que esclarece que na própria sexta-feira à noite, após ver de longe a agressão sofrida por Camille VItória, decidiu jogar fora o seu telefone após ter ligado para o vigia”.