A Polícia Militar decidiu submeter a Conselho de Disciplina, que pode decidir pela expulsão do servidor, de três policiais militares suspeitos de praticarem extorsão em Campo Grande, em 2022.
Investigações apontam que A.C.P trafegava com o veículo de sua filha, quando recebera ligação telefônica de seu amigo G.C., o qual solicitou sua ajuda, pois estava retido em uma Operação da Lei Seca, realizada na Estrada do Magarça, em Campo Grande.
Ao se deslocar para a operação, antes de chegar até o local, A fora abordado por três policiais militares, momento em que um deles solicitou a documentação do veículo.
Como não possuía tal documentação, fora exigida a quantia indevida de R$ 300,00 para sua liberação.
Após a entrega, foi permitido que tomasse destino contrário ao local da Operação da Lei Seca, dirigindo-se para a sua residência.
Instantes depois, o amigo de A que estava na Operação lhe aguardando, ligou novamente para seu amigo, momento em que lhe foi passado sobre todo o ocorrido.
Com isso, G se aproximou do oficial da Polícia Militar que comandava a Operação e, inconformado, informou sobre a extorsão.
Diante da gravidade dos fatos, fora solicitado que a vítima se apresentasse no local, a qual estava na companhia de uma mulher, testemunha do episódio.
Na ocasião, tanto A quanto a testemunha narraram os fatos com riqueza de informações, corroborando com os relatos de G.
Um dos PMs envolvidos disse que ele estava no desenrolo e para ele fazer o que tocar no coração.
Os suspeitos realizaram antes uma série de outras abordagens que dão margem para que seja contestada a regularidade do procedimento dispensado, visto que optaram por manter grande parte delas no anonimato, no momento em que decidiram por deixar as câmeras corporais no interior da viatura.