A Justiça do Rio determinou a transferência para penitenciária federal do criminoso conhecido como Juninho Queimado.
Acusado de participar do homicídio do policial federal Lucas Barbosa da Costa em 2012 na cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte, ele foi preso em novembro do passado no Morro do Santo Amaro, na Zona Sul da capital fluminense, onde exercia liderança vinculada à facção criminosa Comando Vermelho.
Queimado foi preso no dia 9 de novembro de 2023 quando a Polícia Federal realizou uma para capturá-lo.
Durante as buscas na residência, o bandido informou que havia acabado de voltar do “plantão da boca”, bem como que havia drogas e arma de fogo no interior de sua mochila, sendo arrecadados os entorpecentes (438g. de crack, 278g. de maconha e 40g. de droga sintética), a arma de fogo, as munições e os carregadores mencionados, além de coldres, porta carregadores, cinto tático, bolsa tática camuflada, casacos camuflados, touca ninja camuflada, telefones celulares e a quantia de R$ 2.378,00.
Antes do assassinato do policial federal, o criminoso fazia parte de uma quadrilha em Mossoró ligada à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e estava foragido da justiça, em virtude de condenação pelo crime de roubo majorado, tendo se evadido do Complexo Penitenciário Estadual Agrícola Mário Negócio (CPEAMN), em Mossoró, sendo recapturado e incluído no sistema penitenciário federal meses depois, em virtude do seu histórico de fuga e vínculo com o PCC, retornando ao sistema penitenciário do Rio Grande do Norte em 2017, voltando a se evadir.
Diligências conjuntas da Polícia Federal, FICCO-Mossoró, Divisão de Inteligência da Penitenciária Federal em Mossoró (DINT-MOS) e a Diretoria de Inteligência (DIPEN) da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), confirmaram que o paciente exercia o papel de liderança no tráfico de drogas no Santo Amaro.
“A transferência do paciente para presídio federal foi devidamente justificada em razão do interesse da segurança pública, notadamente pela função de liderança exercida pelo paciente na organização criminosa denominada “Comando Vermelho” e do seu histórico de evasão de presídios estaduais”, aponta os autos.