Uma quadrilha de narcomilicianos cujo modo de atuar era semelhante ao do grupo que foi alvo de operação hoje do MPRJ e da Polícia Civil em Duque de Caxias, teve 11 integrantes condenados no ano passado com penas de até 17 anos de cadeia.
O bando agia no Complexo do Roseiral, em Belford Roxo e explorava os condomínios do Minha Casa Minha Vida Arezzo, Monza, Ipê e Vicenza.
O chefe era o traficante Criam, um dos líderes do Comando Vermelho, que está preso há vários anos e elegeu como seu representante fora da cadeia, seu irmão, que era conhecido como Pastor Elisamar.
Os criminosos exploravam a venda de gás e água, gatonet e vans.
Os moradores eram obrigados a comprar somente com as pessoas escolhidas pelos criminosos para vender os produtos.
Os moradores e comerciantes eram ainda obrigados a pagarem taxas de seguranças para os narcomilicianos.
Assim como ocorre hoje em Caxias, os bandidos também tinham poder de indicar e destituir síndicos e demais funcionários dos condomínios do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, como forma de demonstração de força e domínio do território.
Os criminosos escolhiam quem ia morar nos apartamentos, trocavam os moradores de local.
Os moradores que não cumpriam as regras impostas pela narcomilícia, se negando a pagar, eram ameaçados e expulsos de suas casas.
Os bandidos andavam até com taco de beisebol para oprimir os moradores.