A Justiça do Rio de Janeiro confirma que a execução de quatro traficantes suspeitos dos assassinatos de três médicos na Barra da Tijuca em outubro do ano passado foi decidida em uma videoconferência entre presos da penitenciária de segurança máxima Bangu 3.
“Os chefes da facção criminosa Comando Vermelho estariam irritados com a morte dos médicos por “engano”, o que teria selado o destino dos traficantes responsáveis pela “carnificina de inocentes””, diz o documento.
Entre os mortos estava Philip da Mota Pereira, o Lesk.
Como parte da investigação, foi realizada diligência realizada nas celas de Bangu em que se apreenderam os 22 aparelhos celulares.
A ação foi determinada pela Subsecretaria de Inteligência e pela Subsecretaria de Gestão Operacional imediatamente após a as mortes dos quatro bandidos.
Segundo a investigação, os mandantes destas mortes dos comparsas representam a liderança do “CV” e são de altíssima periculosidade, de modo que o conteúdo dos aparelhos apreendidos impulsionará investigações, em especial aquelas relacionadas à emissão de ordens para manter o comércio de drogas fora do sistema penitenciário.
A medida também tem por finalidade “compreender o cenário caótico vivenciado no Estado do Rio de Janeiro, e, principalmente, o projeto expansionista e vínculo entre o Comando Vermelho e a Milícia, principal razão para a guerra entre grupos rivais”.