Um dos chefões da milícia da Taquara, Erivaldo Juvino da Silva, o Nem da Malvina, foi condenado a 40 anos e oito meses de prisão por um sequestro cometido em 2022 contra um juiz norte-americano. Ele está preso desde daquele anos.
Dois PMs que também participaram do crime também foram condenados a 30 anos de cadeia. .
No dia 11 de julho de 2022, por volta das 12h30min, na Rua Prado Júnior, n° 120, no interior do apartamento n° 1101, no bairro de Copacabana, Nem e comparsas subtraíram R$ 8.000,00 e mais U$ 100,00 (cem dólares), em espécie, tudo de propriedade do juiz.
A vítima foi ameaçada com armas e palavras no sentido de que ele não deveria reagir, pois, do contrário, seria preso pela prática de um crime de estupro de vulnerável.
O idoso foi mantido como refém no interior do referido apartamento, circunstância que inviabilizou qualquer pedido de socorro por parte do ofendido, sendo tal condição, nesse sentido, necessária à obtenção da vantagem econômica.
Pouco depois, os bandidos, sequestraram o estrangeiro para obter o valor de R$ 200.000,00 como resgate.
Enquanto a vítima ainda era mantida refém, os criminosos constrangeram novamente o idoso que foi obrigado a fazer o pagamento da quantia total de U$ 2.999,00, realizado mediante uma transferência via PIX para a conta bancária de um dos bandidos.
Nem e os comparsas compunham verdadeira associação criminosa que atuava na prática de inúmeros delitos patrimoniais, sobretudo roubos e extorsões, sempre através de idêntica mecânica delituosa.
Duas mulheres envolvidas trabalhavam como garotas de programa e se valiam desta condição para identificar e atrair as vítimas, sob o pretexto de realizarem “programas” de natureza sexual.
Já o miliciano e outros homens eram responsáveis por praticar diretamente a abordagem das vítimas, constrangendo-as e efetivamente praticando as subtrações, valendo destacar que dois deles eram policiais militares e se valiam desse fato para gerar ainda maior temor.