A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), por meio de policiais penais da Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário (SSISPEN), prendeu na tarde desta quinta-feira (28/02), Peterson Luiz Almeida, conhecido como PET. O miliciano estava foragido e vinha sendo monitorado pela Subsecretaria de Inteligência da Seap (Ssispen) e pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área de Bangu e Campo Grande do Núcleo Rio de Janeiro (MPRJ) desde novembro passado, quando deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, após cumprir prisão temporária.
Considerado uma das principais lideranças da milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, Pet tem atuação nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, tendo sido denunciado pelos crimes de milícia privada e porte e/ou posse ilegal de arma de fogo e estaria diretamente envolvido nas recentes disputas armadas por territórios entre os grupos atuantes na zona oeste do Rio, a exemplo de Sérgio Rodrigues da Costa Silva, o Sérgio Bomba, que foi executado em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes em Janeiro de 2024.
Investigação apontou atuação na milícia
A participação de Peterson na milícia foi revelada a partir da continuidade das investigações sobre o grupo criminoso de Zinho, cujos líderes foram alvos da Operação Dinastia, deflagrada em agosto de 2022 pela Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Na investigação, o Gaeco apurou que Peterson negociava armas para o miliciano Zinho e aparecia em ligações com o também miliciano Latrell – homem de grande confiança de Zinho, que está preso unidade prisional federal.
Em 2023, Pet chegou a ficar preso preventivamente por quatro meses, chegando a ter a sua prisão temporária convertida para preventiva. Devido a um erro de comunicação, no entanto, a Seap acabou não sendo devidamente notificada pela Justiça sobre a decisão, e o criminoso acabou ganhando liberdade em outubro.