A Justiça manteve a prisão preventiva de um homem suspeito de matar seu inquilino por espancamento e estrangulamento em Petrópolis
Consta dos autos que no dia dos fatos, o acusado teria desferido diversos golpes com as mãos, dentre eles socos, no rosto da vítima Welerson José Pereira, derrubando-a ao solo, além de tê-la estrangulado, ao amarrar uma espécie de laço em seu pescoço e arrastá-la para o banheiro de sua residência, causando-lhe as lesões corporais descritas no laudo de exame de local de crime, acarretando traumatismo craniofacial com lesão e hemorragia de encéfalo, além de asfixia por estrangulamento, as quais, por sua natureza e sede, foram a causa eficiente de sua morte.
O crime teve motivação fútil, na medida em que o acusado agiu movido somente pelo fato da vítima, que era sua inquilina, cobrar a instalação de um tanque e da pia do banheiro do imóvel, além da troca do nome do titular da conta de energia elétrica da casa por ele locada.
A vítima Welerson foi submetida a severo espancamento, sendo atingida por diversos golpes, reiteradamente, especialmente na cabeça, o que lhe causou graves ferimentos no crânio e na face, além de fratura da mandíbula, avulsão de elementos dentários e maceração da língua, bem como de ter sido asfixiada por estrangulamento com o uso de um laço preso ao seu pescoço, sendo que a intensa reiteração de golpes e a asfixia causaram-lhe atroz sofrimento físico e mental.
O crime foi cometido mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima, uma vez que ela foi surpreendida pela intensa agressividade dos golpes praticados pelo acusado, sendo certo que mesmo depois de abatida e sem conseguir se defender, Isaac ainda amarrou um laço em seu pescoço e a estrangulou, não sendo possível a Welerson esboçar sequer um gesto de defesa.
Depois de matar a vítima, o assassino inovou artificiosamente o estado de lugar do cadáver, na medida em que o arrastou até o banheiro de sua residência, e lá arrumou-o em posição sugestiva de que a morte tivesse se dado após uma queda da vítima, ainda colocando ao seu lado uma faca, a fim de simular que Welerson o tivesse atacado.
O acusado foi até a residência da vítima, situada na parte de cima da sua moradia, tendo subtraído um aparelho celular, uma televisão e uma caixa pequena de som, tudo de propriedade da vítima Welerson e de sua esposa.
Ainda, que apesar de negar ter matado a vítima, o acusado afirmou ter entrado em luta corporal com ela, apresentando, no entanto, versão completamente divorciada da prova técnica, sendo certo que o corpo de Welerson teria sido encontrado no interior do banheiro da residência do assassino, sem vida.