Milicianos foram condenado a cinco anos de prisão por fazerem cobranças a comerciantes na região da Taquara, em Jacarepaguá.
Policiais receberam informações de cobranças feitas por milícia na Estrada Curumau, que ocorria toda sexta-feira, a tarde, a partir das 14 horas;
Os dados descreviam um veículo andando pela Estrada do Rio Grande e que um dos homens presente no veículo desembarcava, entrava no comércio para fazer o recolhe e voltava para o veículo.
As vezes, no carro tinha três homens e outras vezes dois, porém, sempre o ‘Dos Santos’ que descia do carro para cobrar.
Esse suspeito recolhia as vezes em dinheiro e quem não tinha dinheiro, fazia transferência por PIX, o qual estava no nome dele;
Ao fazer esse levantamento, colheram os dados do ‘Eric’; com esses dados chegaram na fotografia dele e falaram com os colaboradores, que confirmaram que ele fazia os recolhimentos.
Além disso, tinham a informação do veículo que estava sendo utilizado, um Ecosport de cor Branca; que sobre a placa do carro não se recorda; que, diante de todo esse cenário, fizeram um levantamento no local; que chegaram lá segunda-feira, pegaram a estrada do Curumau para saber o melhor local para estabilizar as viaturas descaracterizadas e o melhor local para abordagem.
A demanda foi levada para o delegado titular, o qual autorizou a ação policial; que, na sexta-feira da ocorrência, chegaram por volta de 13 horas e, após duas horas, conseguiram identificar o veículo que estava parado na esquina da Curumau; que foram verificar a placa e identificaram que era a mesma placa e acionaram a outra equipe falando “eles vão começar a cobrar”.
Após acionarem, o Eric saiu do carro e entrou em três estabelecimentos – uma pensão, uma padaria e um mini hortifruti.
Ele saia dos estabelecimentos, ficava contando o dinheiro nas mãos e voltava para o veículo.
Entrava nos locais rapidamente e ia direto no caixa, saia com a nota na mão para outro estabelecimento, tendo uma postura totalmente diversa de um cliente comum.
Os estabelecimentos tinham naturezas diversas e o Eric não saia dos locais com nenhum produto nas mãos.
Após o Eric retornar para o veículo, deram um start na equipe e entraram noutra viatura – que estava em outro ponto da estrada do Curumau – para efetuar a abordagem.
Um pouco a frente, foi feita a abordagem.
Foi pedido aos milicianos para eles saírem do carro e deitarem no chão, que isso foi feito por uma questão de segurança e abordagem.
Foi efetuada revista no carro e encontrados vários comprovantes de depósitos bancários no porta-luvas, sendo sempre da mesma conta com o nome de uma mulher, com valores de espécies diferentes; valores altos e pequenos.
Com Eric estava um valor em espécie de aproximadamente de 100 reais, porém em notas pequenas de 20 reais; que cada um dos acusados tinha um celular; que quando fez a revista no TH, o reconheceu e entrou em contato com o delegado titular para contar quem havia achado;
O delegado titular mandou levar todos para delegacia e lavrar o auto de prisão em flagrante dos acusados.
O carro que os acusados utilizavam era clonado, inclusive, ao chegar na delegacia, deixaram o veículo diretamente na perícia.
Aquela milícia tinha o costume de roubar carros na região e clonar variedades de veículos, tanto para a milícia deles quanto para as aliadas.
Eles roubavam carros para venda, para outras milícias e para a própria utilização deles, tanto que paramilitares como Vinicinho e o João tinham a maioria dos mandados de prisão por conta de roubos de carros.
No resultado da perícia constatou que o carro era clonado.
Atualmente a milícia está cobrando sem arma para não ter suas as armas apreendidas pela Polícia.
Em relação a cobrança, são raríssimas as vezes que ocorre de forma armada e só em algumas regiões específicas; que estão monitorando esses locais que ainda fazem a cobrança armados;
Contra os dois acusados não ocorreu interceptação de telefone; que tentaram chamar testemunhas para depor, porém, por temerem por suas vidas, não comparecem e preferiram atuar de forma anônima para contribuir com as informações.
Houve testemunhas formais, como de policiais, e passaram pelos canais disponibilizados na delegacia.