Investigação revela a atuação de dois núcleos da facção criminosa Comando Vermelho na cidade litorânea de Rio das Ostras.
O primeiro deles é o Janjão/Lagoa do Iriry, comandado por Jefferson e Maurício que abrangia as localidades de Bela Vista, Mar y Lago e Terra Firme.
Foi aprreendido com esse grupo cadernos com anotações do tráfico ilícito de entorpecentes no Município de Rio das Ostras, constando da contracapa de um deles o seguinte aviso “Quem dá mole cas anotação vai pagar. Palavra do Mano. Com tel também. Foco aí rapasiada, CPX Ro é todo 2”.
Maurício era o “fiel”, ou seja, pessoa que possuía a função de atualizar a liderança da organização criminosa a respeito das atividades do dia a dia de outros integrantes da célula criminosa e da atuação de policiais, bem como providenciar a guarda de dinheiro e material entorpecente para a facção.
Jefferson zelava pelo recebimento das drogas, sua comercialização, recebendo o lucro da venda aos respectivos gerentes, conforme se insere das anotações constantes de um dos cadernos apreendidas.
Como líder máximo e autorizador das ações da célula criminosa, detinha o domínio final das ações.
Consta referência de depósito para a conta de uma mulher chamada Izabela no dia do ‘fecho geral’. Ela era companheira de Jefferson e constava como visitante dele em Bangu 3.
Inclusive uma conversa entre eles foi interceptada em que ele afirmou que o “pó” está demorando e que vão formar uma equipe para “trabalhar” a maconha.
O outro núcleo era denominado Josué/Síria e tinha como principais destaques Jéssica e Kissila, ambas fiéis a Josué.
Elas tinham a função de atualizá-lo sobre o cotidiano da localidade, bem como guardar drogas e dinheiro para a facção criminosa.
Gravações apontaram conversas em que Jéssica reporta problemas que estão acontecendo na boca de fumo, fazendo referência expressa aos termos “pó” e “Síria”, bem como ao nome de diversos vulgos de indivíduos que supostamente também integrariam o bando.
Kissila também foi flagrada fazendo perguntas a Josué a respeito do dinheiro a ser entregue a outro indivíduo em transação envolvendo maconha.