MARIO HUGO MONKEN
A região de Saracuruna, em Duque de Caxias, foi palco de uma verdadeira guerra entre milicianos e traficantes do Comando Vermelho no último fim de semana mas a disputa entre as facções no local já vem de tempo.Os confrontos que aterrorizaram a população no sábado começaram com um ataque de milicianos no local. Eles expulsaram os traficantes, que voltaram para retomar o controle da área.
Até o início desta década, reinou no local uma violenta milícia que agia em Saracuruna, Vila Urussaí, Vila Aliado, Jardim Primavera e que praticava vários crimes como extorsões, compra e venda de armas, homicídios, usura, roubos de carro e de carga, adulteração de sinal identificador e furto qualificado (explosões a caixas eletrônicos), além de movimentar enorme quantidade de dinheiro oriunda das extorsões que cometiam em face de mototaxistas, motoristas de vans, moradores e comerciantes.
O grupo subjugava as populações dessas localidades pela força, valendo-se de pesado e vasto arsenal bélico.
As extorsões eram fundadas em uma série de outros delitos, como compra e venda de armas, homicídios, usura, roubos de carro e de carga, adulteração de sinal identificador e furto qualificado (explosões a caixas eletrônicos), entre outros.
Um dos atuantes nesta quadrilha era o indivíduo de vulgo Nariz, que foi preso no último sábado com várias armas. Ele já tinha sido pego outra vez com quatro pistolas, duas calibre .40 e duas calibre .9mm, todas com numeração raspada, farta munição de diversos calibres, uma touca ninja e uma combat shirt, tratando-se de uma camisa operacional”. Ele vestia na época uma placa de colete balístico.
A área mudou de lado e passou para o domínio de traficantes do Comando Vermelho que passaram a caçar integrantes e ex-integrantes da milícia atuante no bairro de Saracuruna.
Listas com nomes de pessoas que tinham que ser assassinadas eram divulgadas nas redes sociais.
“Os traficantes do Comando Vermleho, postaram no site de relacionamento WhatsApp, uma lista contendo vários nomes de possíveis integrantes da milicia local que seriam mortos caso não fossem embora do bairro de Saracuruna”, dizia a investigação da época.
Uma das vítimas foi um homem conhecido como Baldico, que era amigo de vários milicianos que residiam na região.