Morto na última sexta-feira (29), Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit tinha condenações de mais de 16 anos de cadeia.
Ele era conhecido ainda como Aranha no início da década passada quando virou réu em um processo por quadrilha ou bando.
Na época, foi apontado como segurança da milícia que, desde 2006, agia em localidades situadas em bairros da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, dentre os quais Campo Grande, Paciência e Pedra de Guaratiba, praticando delito de extorsão, em sua maioria relacionados a serviços de “segurança” e de “proteção”, formando uma quadrilha armada. O bando era comandado pelo político conhecido como Jorge Babu, que foi condenado por integrar milícia quando ainda fazia parte da Polícia Civil.
Na época, eles cobravam dos moradores e comerciantes contribuições semanais em dinheiro, nos valores de R$ 10,00 (dez reais) e R$ 300,00 (trezentos reais), sob o pretexto do oferecimento de segurança, utilizando de violência e grave ameaça, exercida com emprego de arma de fogo, incluindo fuzis, para efetuar as cobranças indevidas nos locais onde atura, como, a título de exemplo, o conjunto habitacional situado na Rua Murilo Alvarenga, nº 65, em Inhoaíba, Campo Grande, o conjunto habitacional Cesarinho, em Paciência, e a Comunidade da Foice (Jardim Guaratiba), em Pedra de Guaratiba.
Esta última comunidade havia sido tomada pelos milicianos, pela força das armas, dos traficantes de drogas que então a dominavam, onde algumas das cobranças feitas pela quadrilha ocorriam por intermédio da Associação de Moradores, cuja presidente, era pessoa da estrita confiança dos quadrilheiros.
A quadrilha ainda impunha, nas comunidades sob seu domínio, a exclusividade na aquisição de botijão de gás, que somente poderia ser comprados em empresas por ela autorizadas, atuando também na distribuição clandestina de sinal de TV a cabo (“gatonet”), expulsando aqueles cuja permanência na comunidade é, de alguma forma, contrária aos interesses do bando.
Oito anos depois, já na milícia de Ecko, virou réu em novo processo por organização criminosa quando foi preso em maio de 2019 em Paciência portando, ao lado do comparsa PL, duas pistolas, quatro carregadores, munições, além de conduzir um carro roubado e de chassi adulterado.
Segundo os autos, o grupo vinha implantando há anos estrutura de poder paralelo armado e esquema lucrativo de cobrança de “taxa de segurança” ou “arrego”, “gatonet”, etc