Um homem que foi pego com quatro fuzis no início da semana revelou à polícia que seu irmão miliciano lhe pediu que guardasse armas em sua residência.
Ao ser questionado de quem seria o material, ele afirmou que era do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho e que precisariam ser guardadas em algum local por um período porque o chefão do grupo paramilitar estava negociando a sua rendição.
O depoente aceitou a incumbência e disse que na véspera de Natal por volta das 8h, um veículo HB20 de cor preta com dois homens usando toucas ninjas estacionou em frente do seu lava jato e deixou algumas mochilas e bolsas onde estavam as armas.
Em seguida, após os suspeitos deixarem o local, o depoente disse que pegou as bolsas com as armas e as munições e levou para a casa escondendo o material sob a cama e atrás do guarda-roupa.
No dia 26, ele recebeu a visita de policiais civis da 36ªDP (Santa Cruz) que o indagaram sobre as armas de fogo. Ele autorizou a entrada e mostrou onde estavam as armas e as munições.
Disse que não recebeu nenhuma vantagem financeira para guardar o material.