O chefão da maior milícia do Rio de Janeiro, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, responde a cinco processos na Justiça por homicídios,
Em um deles, a vítima está desaparecida e o corpo, até hoje, não foi encontrado, havendo informações de que teria sido incendiado pelos executores.
O mais conhecido caso é do assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho.
Ele e e Maurício Raul Atallah foram mortos em virtude de disputas relacionadas, principalmente, ao controle de milícia privada que atua na Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro.
O crime foi praticado mediante a utilização de fuzis, em plena luz do dia, em frente a um supermercado movimentado
Outro processo vai julgar os homicídios de André Luiz Rosa de Sousa e Leandro de Oliveira Moreno, ocorridos em Seropédica.. Neste fato, foi atingida acidentalmente, uma vez que estava trabalhando próximo ao local.
As vítimas trabalhavam para Tandera mas há dois meses passaram a atuar para Zinho e estavam executando serviços de instalação de ‘gatonet’ fora da área determinada pela milícia pois as vítimas seriam os ‘técnicos’ responsáveis apenas pela área da Comunidade Jesuítas
Zinho também foi denunciado pelo homicídio de Anderson Cláudio Gonçalves, além de dois homicídios tentados. Os crimes aconteceram em Seropédica, na Baixada Fluminense, durante uma disputa de território entre as milicias chefiadas por “Zinho” e Danilo Dias, conhecido como “Tandera”.
Segundo a denúncia, em 26 de janeiro de 2022, a vítima fatal e um outro integrante da milícia chefiada por Danilo Tandera foram surpreendidos por dois integrantes da milícia chefiada por “Zinho”, que efetuaram disparos de arma de fogo, atingindo mortalmente Anderson. O outro integrante do grupo de “Tandera” e um morador também foram atingidos, mas sobreviveram. O confronto ocorreu durante a cobrança semanal no valor de R$ 20 referente à taxa de segurança imposta pela milícia a um morador e comerciante de Seropédica.
De acordo com a denúncia, o crime foi praticado por motivo torpe, ou seja, vingança dos integrantes da milícia chefiada por “Zinho” contra os integrantes da milícia liderada por Danilo Tandera. Outro motivo torpe seria a afirmação de poder da organização criminosa liderada pelo denunciado, de modo que o pagamento da taxa de segurança passasse a ser efetuado para o grupo do mesmo e não mais para o grupo da milícia rival.
Foi acusado também pelo assassinato do cabo da Polícia Militar Devid de Souza Matos, com tiros de fuzil, em Seropédica, na Baixada Fluminense, em 2021. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca do município.
O crime ocorreu na Estrada da Comporta, bairro Canto do Rio, durante confronto com as forças de segurança do 24º BPM. Segundo as investigações, a guarnição em que se encontrava o policial militar dirigiu-se ao local para verificar uma informação de que milicianos estariam reunidos com mototaxistas, sendo recebida com disparos de arma de fogo
De acordo com a denúncia, Zinho concorreu para o crime pelo fato de exercer a liderança do grupo paramilitar do qual os demais acusados são integrantes. Segundo as investigações, a referida milícia atua no controle de diversos bairros na região de Seropédica com a prática de crimes, inclusive o de homicídios contra desafetos e agentes de segurança que interferem em suas atividades.