Autos do processo que vai julgar Ilias Olachegoun Adeniyi Adjado Damala, que matou a filha de oito anos em Niterói apontam que o médico do SAMU, o qual atendeu a ocorrência, que, no dia 11/12/2023, disse que foi acionado para o atendimento de um caso de paciente com ausência de pulso.
Diante da situação, seguiu com a equipe para o local requerido, em Niterói, quando, por volta de 21h36, encontrou a vítima, uma menina de 08 anos de idade, seu pai, o ora custodiado, bem como um amigo da família.
O médico, ao examinar a vítima, constatou o óbito. Em razão do comportamento do custodiado, bem como que este alegou que “agrediu um pouco a filha”, mas esta estava com diversas marcas de espancamento pelo corpo, além do fato de que o acusado, a todo o momento, saia e entrava na residência.
Por receio de eventual fuga do local, a equipe do SAMU decidiu acionar a Polícia Militar.
A testemunha ouvida relatou que é médico e Ilas o procurou instantes antes dos fatos pedindo que comparecesse em sua residência, alegando que a vítima havia desmaiado.
Em razão disso, recomendou ao custodiado que acionasse a ambulância do SAMU, mas, no momento, Ilias teria lhe dito que o esperaria chegar.
O médico insistiu na necessidade de recorrer ao serviço de emergência.
Quando chegou ao local, Ilias informou que havia agredido a criança por um problema ocorrido com ela na escola.
O médico examinou a vítima e constatou a ausência de pulso, além da presença de secreção estomacal saindo pela boca.
Os policiais militares acionados pela SAMU compareceram no local e realizaram a prisão do custodiado.
No local, foi apreendido um cinto que, de acordo com a autoridade policial, é instrumento compatível com as lesões da vítima.
Os fatos relatados no APF indicam que o custodiado agrediu, com repetidos golpes, de forma intensa e brutal, uma criança de 8 anos, que não tinha capacidade de autodefesa, assumindo o risco de causar o resultado morte.