A Justiça decretou nesta semana mais uma prisão preventiva do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, por um homicídio de uma mulher em abril de 2024 na comunidade do Guaporé, em Brás de Pina. Além de Peixão, outros cinco bandidos estão envolvidos.
A vítima do bando foi Rayane Cléa de Souza, que era considerada X9 pelos bandidos.
Uma testemunha disse que três bandidos invadiram a casa portando um fuzil cada um e vestindo fardas pretas da PMERJ. Um deles era o traficante vulgo Butina.
Os criminosos se dirigiram até o quarto de Rayane e começaram a arrastá-la pelo apartamento. Eles chamavam a moça de X9 e dissera, . “Tuas colegas que dentro teu quarto aÍ”,
Butinha passou um rádio e disse para alguém não identificado. “Aí Patrão, peguei a X9”. Do outro lado da linha, houve a resposta. “Pode bater, mas não mata não”,
Os bandidos tentaram arrastar Rayane para fora de casa. Sua mãe tentou impedir e levou uma caronada de fuzil, que quebrou seus dentes.
Rayane tentou se defender a todo custo, quando Butina começou a agredi-la com fuzil, socos e chutes, tendo machucado sua boca. Em seguida, Butina bateu a cabeça de Rayane na parede, momento em que moça desmaiou e a levaram para fora de casa.
A testemunha disse que viu os criminosos levando Rayane para fora da casa. Butina disse para ninguém ir atrás senão mataria todos. A vítima ainda conseguiu ficar de pé e foi para cima dos bandidos para se defender. Então, Butina e Pelezinho efetuaram diversos disparos de armas de fogo contra Rayane, que veio a óbito.
A testemunha falou que conhecia os três bandidos que estiveram na residência e praticaram homicídio contra Rayane, pois eles eram crias do Guaporé, que é dominada pelo Comando Vermelho, mas que pularam para a quadrilha inimiga do Terceiro Comando Puro.
A depoente revelou que além de Butina, estavam Pelezinho, Boró enquanto que Renatinho” aguardava no carro
Após o crime, a mãe recolheu as cápsulas deflagradas que ficaram no chão do prédio e levou para a delegacia.
Disse ainda que, uma semana antes do crime, Rayane disse que estava recebendo ameaças de morte por ligação telefônica e mensagem.
A moça namorava um empresário de 50 anos da Tijuca
Disse ainda que Butina, Boró e Pelezinho eram soldados do traficante Jamelão, da Tropa do Peixão, que comanda a comunidade Cinco Bocas (TCP)
As investigações policiais apontaram Peixão, na hierarquia e dinâmica da atividade da organização criminosa da localidade dos fatos, como sendo o “dono”, que ordena, coordena e comanda os crimes da localidade, principalmente, decidindo sobre as mortes a serem efetuadas. Apontaram que os demais envolvidos atuam, na organização criminosa, na posição de frente, gerenciando as atividades dos soldados que cumprem as decisões do dono. Assim, o dono passa a ordem para o frente que a impõe ao soldado que a executa
FONTE; Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro