Narcotraficantes e empresas exploram e utilizam uma área da comunidade do Caju de maneira irregular para descarte de resíduos.
A Polícia Civil e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fazem operação no.local.
Segundo investigacões , os criminosos se associaram a diversas empresas de resíduos e passaram a cobrar taxas para permitir os descartes.
O recebimento de resíduos ilegais na região do Caju tornou-se uma nova forma de exploração econômica da facção Terceiro Comando Puro , e que também é muito lucrativa às empresas, que pagam aos narcotraficantes valores abaixo dos cobrados pelos Centros de Tratamento de Resíduos credenciados pela prefeitura do Rio de Janeiro.
No Natal do ano passado, um homem foi resgatado do “tribunal do tráfico”. Ele tinha sido capturado por cinco traficantes armados, que o torturaram.
O trabalho rápido da Polícia Civil garantiu que ele fosse retirado da comunidade com vida. Na ação, um criminoso foi alvejado em confronto e morreu. Com ele, foram apreendidos um fuzil, farta quantidade de munição, um cinto tático e rádio comunicador.
Pelo menos 10 empresas praticaram de forma reiterada crimes ambientais na região. Além disso, uma companhia que possui contrato com a prefeitura também é alvo da operação, pois foi apurado que seus funcionários vêm desviando maquinários e equipamentos para auxiliar o esvaziamento destes lixões clandestinos explorados economicamente pelo tráfico de drogas e assim manter a permanência da atividade criminosa.
A polícia representou pela medida cautelar de sequestro de 17 caminhões destas empresas. A Justiça irá se manifestar quanto ao pedido após a operação.
O aterramento ilegal vem criando grandes lixões, que contaminam o lençol freático, suprimem a vegetação de mangue e geram prejuízo ambiental estimado em quase R$ 5 milhões.
Parte desse resíduo vem sendo também usado para aterrar uma grande área desocupada, que permite triplicar a comunidade do Parque Alegria.
FONTE: Polícia Civil.do RJ