Dois irmãos invadiram um imóvel usado como república de estudantes no Rio Comprido e comunicaram a locatária que a partir daquele momento, o local”passaria a pertencer ao tráfico”, exigindo sua saída. Eles foram presos hoje pela Polícia Civil. Fingiam ser bandidos.
Constrangida e ameaçada, a mulher teria abandonado o imóvel, levando o proprietário a alugar o imóvel para um casal e três filhas.
A nova locatária afirmou que um dos suspeitos, vulgo Negão esteve no local acompanhado por duas mulheres, uma das quais já avistada diversas vezes rondando o imóvel.
A mulher afirmou que “teme por sua vida e de suas filhas” O companheiro dela também prestou depiomento ratificando integralmente o relato por ela prestado.
Disse que “estava em sua casa quando dois homens entraram na local; que um deles era um homem negro, magro, medindo pouco mais de 1,90 de altura e o outro também negro, porte físico mais forte, com mais ou menos 1,80 de altura; que um dos homens indagou o declarante sobre quem havia autorizado ocupar o imóvel e ele respondeu que foi o proprietário quem o autorizou.
Um dos homens disse que o declarante deveria avisar ao proprietário que ele não é mais proprietário de p…nenhuma e que agora o proprietário aqui é nós.
O declarante deixou seu prato e levantou-se, momento que um dos homens levantou a camisa e segurou o cabo de uma pistola; que o declarante voltou a se sentar prevendo o perigo e também porque suas filhas estavam no local; que o homem que estava armado ficou próximo ao declarante enquanto o outro homem subiu e foi até o quarto do declarante para retirar uma placa de aluga-se a qual estava exposta na janela do quart.O.
O rapaz não subiu por estar intimidado com o outro elemento armado próximo a sua família e resolveu ir para o lado de fora da casa para ligar para polícia.
Uma outra tesemunha, além de informar a ocorrência da invasão do imóvel, também informou a ocorrência de roubo com emprego de arma de fogo, na medida em que afirmou que “algum tempo após os homens saíram do local, o declarante subiu ao quarto e foi até a mesinha aonde fica seu modem de internet e percebeu que o suspeito estava subtraindo uma quantia em dinheiro no valor de R$ 680 que estavam no laudo do modem da Internet.
O declarante havia visto o dinheiro minutos antes da chegada dos homens e não tem duvida que o valor foi subtraído pelo homem que subiu até o seu quarto (…)”. 6
Embora os indiciados tenham comparecido espontaneamente à Delegacia de Polícia para prestar depoimento após a veiculação de notícia sobre o fato, é forçoso reconhecer que o fizeram com o fim exclusivo de apresentar à autoridade policial versão francamente mentirosa do ocorrido.
Seu comparecimento perante a autoridade policial, portanto, não teve o fim de esclarecer o fato e suas circunstâncias. Ao contrário. O comparecimento dos indiciados deu-se com o fim de desviar a investigação de seu rumo correto e de justificar o injustificável – a invasão do imóvel e a exigência, sob ameaça, de que os moradores legítimos o abandonassem.
FONTE: Site oficial do TJ-RJ e Polícia Civil do RJ