Leia agora como foi o ataque de traficantes do bando de Peixão que deixou um policial militar de São Paulo ferido em novembro, na Cidade Alta.
No dia 12 daquele mês, o PM de SP veio ao RJ com seu irmão tendo como destino o bairro de Copacabana.
Ele seguia pela Avenida Brasil, quando, na altura do bairro de Cordovil, devido a um congestionamento logo a frente, o GPS direcionou o veículo para seguir pela Avenida Meriti, e, posteriormente, pela Rua Cordovil, até que chegaram à Rua Bulhões de Marcial, onde então seguiram até uma passagem existente para transpor uma linha férrea por baixo.
Em seguida, o veículo onde estavam os irmãos acessou a Rua Jorge Coelho, e, ato seguinte, efetuou uma conversão à direita na Estrada do Porto Velho.
Ao acessarem a estrada, o policial imediatamente visualizou um indivíduo vindo na direção contrária em uma motocicleta, portando um fuzil.
O suspeito aproximou-se do veículo e, em tom intimidativo, disse: ‘Perdeu c.., desce do carro, desce do carro”.
O PM saiu do carro e pediu que o indivíduo tivesse calma. Naquele momento, o suspeito, ainda em cima da motocicleta, tentou iniciar uma revista para verificar se o policial estava armado, instante em que o PM sentou-se novamente no automóvel para impedir que o indivíduo verificasse que estava armado;
O criminoso, então, desceu da motocicleta, dizendo: ‘Calma o c…’, destravou o armamento e iniciou o engajamento do fuzil que estava portando, quando então o PM, visando repelir a injusta agressão contra sua vida e a vida de seu irmão, imediatamente sacou sua arma de fogo e efetuou três disparos de arma de fogo contra o indivíduo, o qual caiu ao solo ao mesmo tempo em que efetuava inúmeros disparos com o fuzil que portava em direção ao PM e seu irmão;
O PM percebeu que havia atingido o indivíduo nas regiões do rosto e do abdômen; Ele acabou alvejado na perna com dois disparos efetuados pelo sujeito, Seu irmão também foi atingido por um disparo na perna.
Em seguida, o bandido levantou e correu, ainda efetuando disparos em direção ao declarante e seu irmão;
O irmão do PM começou a dizer. “Me tira daqui que eu fui baleado”.
Outros indivíduos, em pontos diferentes, começaram a efetuar disparos em direção ao veículo em que estavam;
Naquele instante, o PMsaiu e pediu para que seu irmão saísse do automóvel e se abrigasse na parte dianteira do veículo, onde se localiza o motor.
Antes de sair do automóvel, o policial conseguiu pegar um dos torniquetes que estavam no veículo e aplicou-o em seu irmão, posto que este apresentava massiva hemorragia;
A, todo momento, os indivíduos efetuavam disparos em direção ao PM e seu irmão. Ele declarante pôde visualizar um desses indivíduos atrás de um poste, também portando um fuzil, com luneta.
Para se proteger dos disparos deste indivíduo, o PM efeutou quatro disparos em sua direção.
Na sequência, tentou ligar o carro, porém não obteve êxito. Por essa razão, ele subiu, juntamente com seu irmão, na motocicleta do indivíduo que inicialmente os abordou, e que estava com a chave na ignição, e, ato seguinte, seguiu pela Rua Lyrio Maurício da Fonseca, com vistas a encontrar a Avenida Brasil;
No entanto, cerca de 50 metros a frente, a motocicleta tombou, vindo o declarante e seu irmão caírem ao solo; Após a queda, a arma caiu ao solo, no entanto, o policial conseguiu escondê-la embaixo de sua perna, posto que percebeu que cerca de 6 (seis) indivíduos armados com fuzis se aproximaram e mandaram o declarante e seu irmão levantarem a camisa;
Os criminosos disseram. “Cadê os cars, cadê a arma?”.
O policial disse para os bandidos que estavam só passando e que eles balearam os caras errados
Os criminosos perguntaram para onde foram os caras e o PM respondeu que haviam ido em outra direção e que ele e seu irmão estavam apenas fugindo dos disparos;
Então, os indivíduos viraram de costas e foram em direção ao automóvel onde inicialmente estava o PM,
Rapidamente, e de maneira velada, o PM retirou sua arma debaixo da perna e a escondeu dentro de sua cueca.
Em seguida, o PM declarante parou um veículo Palio vermelho que passava pelo local e pediu que o condutor os socorresse.
Incialmente, os traficante não queriam deixar tal indivíduo resgatá-los, chegando a puxá-los de dentro do automóvel, no entanto, o PM logrou convencê-los de que haviam sido atingidos por engano.
Então o motorista do Palio O seguiu em direção a Avenida Brasil, até que, lá chegando, depararam-se com uma viatura da DRACO-IE, a qual inicialmente os auxiliou até a chegada de uma viatura da PMERJ;
Nesse intervalo de tempo, o PM reavaliou e reajustou o torniquete que havia aplicado em seu irmão, além de ter aplicado um torniquete, fornecido por um PM, em sua própria perna;
Por fim, o PM e seu irmão foram imediatamente conduzidos ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde então tiveram o devido atendimento médico;
Em determinado momento, chegou ao hospital um indivíduo baleado nas regiões da boca e do abdômen, o qual o PM, ao visualizá-lo pessoalmente, prontamente, e sem qualquer sombra de dúvidas, imediatamente o reconheceu como sendo o indivíduo que inicialmente o havia abordado e que efetuou os disparos contra ELE seu irmão, inclusive alertando os policiais civis que estavam presentes no local;