Um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) foi condenado a dez anos de prisão acusado de transportar sete fuzis e outros materiais bélicos para o Complexo do Alemão, um dos principais redutos do Comando Vermelho.
Ele foi preso no ano passado por policiais rodoviários federais na cidade de Piraí, no Sul Fluminense.
Além dos fuzis, haviam com ele uma pistola 09MM.; quatro carregadores de pistola calibre 9mm, de cor bege; doze carregadores de pistola 9mm., e metal, com capacidade para trinta munições.
Os fuzis eram seis da marca Colt, calibre 5.56, e um da marca Czech Republic Small Arms, calibre 5.56, todos sem número de série.
Ele tinha ainda sete carregadores de fuzil calibre 5.56; e um apetrecho para fabricar armas; constatando tratar-se de armas de uso restrito, com exceção da Glock; e que apenas um dos fuzis não estava apto a produzir disparos.
Ele alegou que a destinação das armas era lícita, já que estavam direcionadas para CAC mas depois confessou o crime mencionando que levaria o carregamento para o Complexo do Alemão.
Quando da abordagem, o acusado se mostrou calmo e mostrou sua carteira de CAC. Tinha também registro de Clube de Tiro.
O material estava escondido no tanque de combustível do carro, sendo descoberto por um cachorro treinado pela polícia.
O suspeito vinha de São Paulo com as armas.
Interrogado, o acusado alegou que estava passando por um momento difícil, pois é motorista de aplicativo e estava na época da pandemia.
Estava juntando dinheiro com sua esposa, que é costureira, pois sempre tiveram o sonho de terem o próprio negócio.
Abriram uma empresa de costura e contrataram duas funcionárias, mas o negócio não estava indo bem e as contas estavam apertadas.
Tinha responsabilidade de pagar o salário das duas funcionárias e mais o sustento de sua família.
Em um dia, no Clube de Tiro que frequenta, que fica na cidade de Camboriú, um rapaz que sempre frequentava o clube ofereceu ao depoente esse serviço para transportar as armas para o Rio de Janeiro.
No início recusou, mas depois acabou aceitando, em razão da situação financeira em que se encontrava.
Sem pensar nas consequências, acabou aceitando
Chegando na Serra das Araras, havia uma blitz policial, e foi parado.
O cachorro da Polícia identificou algo, e o depoente falou que eram peças para armas. Que o destino das armas era um Clube de CAC de Nova Iguaçu.
Que reconheceu que errou, com o crime que cometeu. Que não mencionou o nome das outras pessoas envolvidas, por ter medo de retaliação contra sua família.