Por causa da morte de um traficante em 2016, a Polícia Militar parou uma investigação sobre o envolvimento de dois PMs com traficantes do Complexo da Serrinha, em Madureira, na década passada, e remeteu os autos para o Ministério Público.
Segundo a corporação, o criminoso que morreu era o principal elo entre o tráfico e PMs.
Com a morte do bandido e a movimentação dos policiais suspeitos para outras unidades da PMERJ, esse suposto círculo vicioso foi interrompido, não havendo meios de reunir elementos de materialidade e autoria que imputassem aos investigados o cometimento de crime militar.
Essa investigação interna contra os PMs levou a corporação a submeter 10 agentes a conselho disciplinar que decide pela expulsão ou não dos funcionários de seus quadros.
A acusação contra os PMs permitiram que traficantes fossem fotografados e fazendo poses ao lado de viaturas dando oportunidade para que as imagens fossem usadas para substanciar notícias de envolvimento de militares com o tráfico.
Outra acusação contra os PMs era de suposta cobrança de propina de traficantes.
Em uma escuta, um traficante de vulgo Búfalo perguntou a um PM se ele não iria na comunidade buscar o arrego.
Um outro policial foi acusado de trocar mensagens com o chefão do tráfico no local, vulgo Lacoste, em troca de vantagens indevidas por informações sobre futuras operações na comunidade.