O homem de 22 anos (Yago Gabriel Lemos da Silva) que foi sequestrado no Recreio dos Bandeirantes e levado para Vargem Grande onde foi morto e teve o corpo carbonizado tinha sido flagrado há três anos supostamente comercializando drogas na praia do Recreio dos Bandeirantes, no posto 12, segundo relatos de PMs na época.
Ao verem os policiais, ele e um comparsa teriam fugido do local correndo e um deles teria disparado contra a guarnição, ainda de acordo com PMs
Como não foi apreendida droga ou arma de fogo em poder deles, mesmo após o cerco da polícia e o suposto flagrante esperado, eles não ficaram presos. O processo foi arquivado.
A Justiça alegou que não houve demonstração de forma contundente que os apelados tivessem o dolo de atentar contra a vida, deixando antever que, na verdade, eles buscavam evitar a abordagem policial por estarem com a documentação da moto irregular e portando ilegalmente arma de fogo de uso permitido.
Um deles, inclusive, contou que a arma era dele e a adquiriu de um caminhoneiro e que Yago não sabia que estava armado. Disse, ainda, que em nenhum momento teve a intenção de acertar ou matar alguém e que só atirou com o objetivo de se desvencilhar do carro da polícia
Essa história acima reforça a suspeita de que o crime esteja relacionado a guerra entre traficantes do Comando Vermelho e do Terceiro Comando Puro que disputam o controle da venda de drogas na orla do Recreio.