Uma empresária do ramo de distribuição de gás de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo se tornou uma das principais responsáveis pela distribuição de centenas, se não, toneladas de cocaína comercializadas em comunidades dominadas pela facção Terceiro Comando Puro (TCP) de todo o Estado do Rio de Janeiro.
Ela, que é conhecida no meio como Tia, mantém em seu círculo social contatos com diversos traficantes da facção.A suspeita também seria encarregada em lavar milhões de reais para manutenção do tráfico de drogas, na modalidade interestadual, para o TCP.
“Ela é a principal detentora de sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, por intermédio de duas empresas da qual é sócia, com objeto social de revenda de gás, as quais movimentaram nas respectivas contas bancárias cifras astronômicas em milhões de reais, atípicas ao objeto social das empresas, além de apresentar também a conta bancária da pessoa física da paciente expressivos valores atípicos em movimentação financeira bancária se comparado com as declarações de IR nos últimos anos dela”, revelam os autos.
O detalhado relatório final do inquérito policial reproduz diálogos travados por Tia na interceptação telefônica que reproduzem um organograma das movimentações atípicas de milhões de reais nas contas bancárias das duas empresas das quais ela é sócia, além das movimentações também suspeitas na conta bancária pessoa física da mesma.
O inquérito termina por concluir que as movimentações bancárias suspeitas das duas pessoas jurídicas são incompatíveis com o objeto social das empresas e, quanto à conta bancária da pessoa física da suspeita, também o relatório mostra aporte financeiro de recursos incompatível com as declarações de IR na Receita Federal
A Justiça do Rio abriu mais um processo contra essa empresária por lavagem de dinheiro.
Os entorpecentes possuem como origem as cidades de Suzano/SP e Mogi das Cruzes/SP e como destino comunidades de Volta Redonda e Rio de Janeiro. a cocaína de logo “Caballo vem sendo apreendida constantemente na cidade de Barra Mansa e Volta
Redonda, sobretudo em regiões dominadas pela facção TCP
As investigações descobriram, por exemplo, que o chefe do tráfico da comunidade Serra D ´Água, em Angra dos Reis, pagou o entorpecente obtido com a empresária com um veículo Fiat Cronos.
A empresária recebeu do traficante Robgol, que era o chefe da quadrilha, um Jeep Compass de presente avaliado pela
tabela FIPE em R$ 128.000,00 cuja origem seria produto dos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas.