A PM decidiu submeter a conselho disciplinar, que pode levar a expulsão, de um sargento suspeito de liderar uma milícia privada que dominava os bairros de Itaipuaçu e Inoã, no município de Maricá, a qual cobrava de moradores e comerciantes pagamentos por suposto serviço de segurança, além de praticar outros delitos.
O sargento foi identificado como líder do grupo miliciano de Maricá, atuando de forma semelhante às milícias de são Gonçalo e aduziu que foi interceptada uma ligação telefônica que mostra que, quando saíram da cadeia, os paramilitares Sassá e R-Meia foram para Maricá onde juntaram ao grupo do PM.
As conversas telefônicas interceptadas e os depoimentos dos policiais evidenciaram que a milícia chefiada pelo sargento atuava em Maricá usando o mesmo “modus operandi” das milícias chefiadas por Sassa e Zado ” em São Gonçalo/RJ, vale dizer, funcionavam como grupos de extermínio contra traficantes, usuáriosde drogas e sujeitos que praticavam crimes nas comunidades por eles dominadas, além de praticarem extorsões a moradores e comerciantes em troca de supostos serviços de segurança, ameaça e lesão corporal contra as pessoas que se recusavam a pagar, dentre outros crimes.
Esse policial já fora sentenciado a pena de cinco anos e três meses de reclusão, em regime inicial fechado pela prática do crime previsto no art. 288-A do Código Penal (Constituição de milícia privada), conforme sentença prolatada em 02mar 20.
Um outro PM foi expulso da corporação após ser flagrado em um local em que policiais foram averiguar uma reunião entre milicianos e traficantes em um bar na Estrada do Cabuçu, em Itaboraí, em 2020. Esse policial já estava na condição de desertor.