A Justiça decretou a prisão preventiva do traficante Dinho do Complexo da Pedreira, em Costa Barros. Ele é suspeito de matar uma jovem que fazia monitoramento em seu celular, via WhatsApp, da movimentação do comércio de drogas. da comunidade.
O crime ocorreu em 02 de março de 2024, por volta das 09h25min, nas proximidades da Rua São Jorge, no interior do Complexo da Pedreira
Thaynara Dantas da Silva levou marretadas nas pernas e sofreu lesões que levaram a sua morte.
No dia dos fatos Thaynara estava na padaria para comprar pão, quando foi capturada por traficantes da comunidade do Chaves pertencentes a facção criminosa Terceiro Comando Puro. Em seguida a vítima foi levada para as proximidades da Rua São Jorge, onde foi “julgada” por supostamente estar fazendo monitoramento em seu celular, via WhatsApp, das movimentações de comércio de drogas da comunidade.
A vítima foi agredida com golpes de marreta desferidos em suas pernas por determinação dos criminosos sendo socorrido por sua mãe e levada à UPA de Costa Barros, onde recebeu os primeiros atendimentos, sendo encaminhada no mesmo dia para o Hospital Municipal Evandro Freire.
A vítima recebeu alta no mesmo dia dos fatos, mas no dia seguintes, diante das fortes dores que sentia, buscou atendimento na UPA 24H Irajá, sendo encaminhada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde veio a óbito no dia 09/03/2024, em virtude de complicações decorrentes das agressões sofridas.
A mãe da jovem disse que a filha trabalhava autônoma, vendendo produtos alimentares sem ter ponto específico no Rio de Janeiro. Ela não tinha envolvimento com nenhuma organização criminosa, não tinha inimigos declarado e não era usuária de drogas;
No dia 2.3.2024 a declarante se encontrava na sua casa quando por volta das 10h populares avisaram que sua filha Thaynara estava em poder dos traficantes da região nas proximidades da rua são jorge;. A organização criminosa que domina a região é o Terceiro Comando Puro; A mãe foi ao local na qual visualizou a Thaynara sentada ao solo rodeada por um grupo de traficantes;
A declarante percebeu que a filha estava com algumas lesões no corpo e com o cabelo todo raspado; Não sabe precisar quantos traficantes estavam no local, contudo tinha alguns armados com arma de fogo e não tinha condições de identificar esses traficantes;
A mãe tentou argumentar para liberar sua filha, mas os traficantes não permitiram e falaram que o Thaynara tinha informações no telefone duvidosas que era prejudicial a ela;
Em um dado momento, um traficante falou para a declarante se sabia orar; Que neste momento a mulher se ajoelhou e fechou os olhos, após isso a declarante escutou gritos da sua filha.
Segundo depois, ela visualizou um traficante fazer um gesto com a mão para que a declarante fosse socorrer sua filha. A mãe então conseguiu parar uma kombi para socorrer Thaynara
Ela levou a filha por volta de meio dia no UPA Costa Barros, Estrada de Botafogo, s/n – Costa Barros; Neste tempo Thaynara relatou que os traficantes agrediram na, inclusive se utilizaram de uma marreta para isso;.
A mãe disse acreditar que Thaynara A levou marretadas nas pernas devidos as lesões apresentadas e que a filha não explicou os motivos das agressões sofridas;
Após chegarem a UPA, a jovem recebeu os primeiros atendimentos, sendo encaminhada no mesmo dia para o Hospital Municipal Evandro Freire, Estrada do Galeão, 2.920 – Portuguesa;
A filha recebeu alta médica ainda nesse mesmo dia; e a mãe levou para a casa de uma tia;
No dia seguinte, Thaynara reclamava muito de dor e estava meio inconsciente, assim a declarante levou a filha para o UPA 24H – Irajá, Av. Monsenhor Félix, 380 – Irajá, na qual foi encaminhada o Hospital Estadual Getúlio Vargas, Av. Lobo Júnior, 2293 – Penha Circular;
Thaynara teve complicações em decorrência das agressões sofridas ficando internada até o dia 9..3.2024, vindo a falecer;
A mãe durante todo o período de atendimento médico não conversou sofre o fato das agressões sofridas; Que perguntada a declarante se a Thaynara possui alguma rede social, respondeu que sim, mas não sabe como localizar; Que perguntado a declarante se possui alguma informação circulando na internet sobre o fato acontecido com Thaynara, respondeu que não.
Há indícios de que o delito contra Thaynara foi uma determinação dos chefes do tráfico local e não um ato isolado de algum traficante não identificado, o que depreende através do contexto em que foi praticado, da metodologia utilizada e por ter sido um grupo a executar, publicamente, uma punição por um conteúdo irregular no celular, após terem ido “buscar” a vítima. E quem dá as ordens no local é o traficante Dinho.