A Justiça decretou as prisões temporárias de Ricardo Alexandre Maia Santos e Gustavo Ramos dos Santos, suspeitos de envolvimento na chacina de quatro pessoas, achadas mortas ontem em Resende. Entre as vítimas, estava um menino de oito anos.
A polícia suspeita de latrocínio. Uma das vítimas, que era dono de uma fazenda, iria receber a quantia de R$ 60 mil por conta da venda de gados e Gustavo tinha conhecimento disso. No entanto, uma testemunha disse que ele estava recebendo ameaças do dono da fazenda que receberia essa quantia.
Após buscas na região, foram identificados os cadáveres das vítimas do outro lado da propriedade, a partir de manchas de sangue e terra remexida.
Gustavo, funcionário do sítio, e o seu irmão Ricardo Alexandre receberam ajuda de uma mulher para fugir para casa de um amigo em Três Corações Estado de Minas Gerais, pois teriam praticado homicídio.
Consta ainda que na ocasião dos fatos estava sendo negociada a venda de um cavalo pertencente à uma outra mulher pelo valor de R$ 60.000,00.
A partir de imagens capturadas obtidas por câmeras de segurança e informações apresentadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, o veículo dos indiciados foi identificado no Estado.
Consta ainda nos autos do inquérito policial, que uma testemunha que é filha de uma das vítimas, Marcos, e irmã de Luís Otávio e Luís Miguel disse que os familiares estavam desaparecidos desde a manhã do dia 7, segunda-feir.
Segundo ela, o último local que estiveram foi na Estrada Resende Riachuelo, km 161, sítio Nossa Senhora de Lourdes, que pertence à família.
Na terça (8), foram fazer o registro do desaparecimento e em seguida procederam até o sítio, com equipe desta delegacia e com peritos, uma vez que havia vestígios de sangue no local.
A declarante e os policiais civis realizaram uma busca pelo terreno, mas não encontraram nenhum vestígio de onde poderiam estar as vítimas.
Ontem (9), pela manhã, verificou o outro lado da propriedade em que que havia marcas no terreno, de um pneu, Seguiu esses rastros até o riacho, que agora sabe que seria de um carrinho de mão, que estava no curral, com manchas de sangue.
Verificou que na beira do riacho a terra estava remechida e coberta com cilagem. Achou estranho e começou a escavar o local.
Então achou um corpo com vestimentas compatíveis com as de seu pai; Imediatamente entrou em contato com a polícia, que foi ao local e iniciou as escavações e encontraram os corpos das quatro vítimas, inclusive do funcionário do sítio, que também estava desaparecido, Rodrigo Dionízio Machado.
Perguntada se poderia apontar os autores e a motivação, declara que no dia do desaparecimento das vítimas, seu pai receberia uma quantia em dinheiro, aproximadamente 60.000,00 (sessenta mil reais) referentes à venda de gados.
Normalmente o pagamento é feito em espécie. Que sabia desta venda, além dos familiares o funcionário Rodrigo e o suspeito Gustavo
Gustavo frequentava o sítio há muito tempo, pois tratava de um cavalo que ficava na baia da propriedade. Esse cavalo pertencia a uma mulher chamada Alessandra.
Essa mulher tinha contato direto com Gustavo e informou que ele não tratou do animal no dia 07OUT24 e que não estava atendendo suas ligações;
Disse que sabe informar que Gustavo tem um Gol branco veículo este com as mesmas características do veículo que seu pai viu passar pelo sítio, na manhã dos dia 07OUT24, data de seu desaparecimento;
Esse carro foi encontrado abandonado, ontem, dia 08OUT24, no bairro Mirante das Agulhas.
Sabe informar que Gustavo tem passagem pela polícia e que tem dois irmãos, Luis Fernando e Ricardo.
Desde o desaparecimento de seus familiares, Gustavo não foi mais visto e nem seu telefone responde a chamadas e ou mensagens;
Disse acreditar que Gustavo esteja diretamente envolvido neste crime, uma vez que ele tinha conhecimento da dinâmica dos negócios da propriedade, inclusive das compras e vendas de animais, feitas pelo pai e irmão da declarante.
Sendo assim, é certo que ele também tinha conhecimento da venda dos animais que seria feita no dia dos fatos, dia 07OUT24; Outra testemunha disse que namora a mãe de Gustavo há pelo menos quatro meses e afirmou que ela pediu que lhe fizesse um favor,
ajudasse o seu Gustavo e Ricardo a fugirem da cidade, pois eles tinham feito uma merda;
Ele perguntou a namorada que merda eles tinham feito e a mulher falou que eles tinham matado uma pessoa mas não entrou em detalhes nem os motivos.
A mulher informou que todos iriam para a cidade de Três Corações (MG) onde chegaram por volta das 17h.
Foram direto para a casa de um primo e depois para São Tomé das Letras, onde passaram a noite em um chalé que não se recorda o nome;
Retornaram para Resende no dia 08OUT24, e chegaram na cidade por volta de 23h; Q
Quanto aos motivos, a mulher lhe explicou que Gustavo estava meio cabreiro com o dono do sítio, pois estava sendo ameaçado por ele mas sem dizer os motivos.
Perguntado se tem conhecimento de que Gustavo e Ricardo não mataram apenas uma pessoa, mas quatro, entre elas uma criança de oito anos, respondeu que não soube de nada.
Tomou conhecimento dessas mortes com os policiais civis que estiveram hoje em sua casa. uma vez que rastrearam o seu veículo e a Fiat Strada, na fuga de Gustavo.