O caso Marielle Franco teve seu primeiro condenado.
Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, foi sentenciado a cinco anos de prisão por ter interferido nas investigações sobre os homicídios da vereadora e de seu motorista Anderson Gones, O crime ocorreu em março de 2018.
Orelha é acusado de ser o responsável pela destruição do carro utilizado nos assassinatos, a pedido do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o “Suel”, também envolvido no crime.
O veículo foi levado para um “desmanche” no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio.
Segundo o MPRJ, no dia 16 de março de 2018, Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, respectivamente atirador e motorista do duplo homicídio, entregaram o carro a Orelha, em praça situada à Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, após acerto com Suel.
“a destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo e, assim, contribuindo para que os executores dos crimes somente se tornassem suspeitos de seu cometimento quase um ano após a ocorrência das infrações e, por conseguinte, contribuindo para que os suspeitos de serem os mandantes só se tornassem conhecidos neste ano de 2024, seis anos após as mortes.”, dizem os autos.
“Estatísticas demonstram que aproximadamente 90% das execuções em crimes premeditados pela milícia carioca são realizadas com este modus operandi, ou seja, com utilização de veículo, seja moto ou automóvel, exatamente em virtude da rapidez proporcionada na fuga, sendo, portanto, elemento fundamental para o êxito do resultado visado que o carro não seja nunca mais localizado.”, disse a promotora Fabíola Tardin Costa,