Veja agora as funções de cada um dos integrantes da organização criminosa de traficantes alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual ontem.
Robson Martins – Era o líder da organização criminosa e fornecedor de drogas para o Terceiro Comando Puro no Complexo da Maré, mais precisamente na Vila do Pinheiro. Após ser condenado em 2019 a 14 (quatorze) anos de reclusão por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro 11 , se refugiou no município deLima Duarte/MG, onde comprou a fazenda Rochedo, que servia de entreposto para o transporte das drogas para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro/RJ.
Marcelo do Nascimento, Fábio Pires e Fábio Mezbarba ´-eram operadores financeiros da organização criminosa. Eram testas de ferro de Robson e, por consequência, agiam como seu representante nas sociedades empresárias , e por meio delas realizava movimentações financeiras de dinheiro do tráfico a mando do chefe.
Mezabarba ainda era responsável por alugar veículos usados para o transporte das drogas.
Marcão era o destinatário das remessas das drogas da organização criminosa no Complexo da Maré, para posterior distribuição local e a outras comunidades da facção criminosa Terceiro Comando Puro(TCP). Tinha ligação direta com Robson e com os transportadores das drogas.
Fábio Rosa – era piloto de helicóptero da organização criminosa, responsável por transportar as drogas em percursos mais longos. Foi preso em flagrante em 20 de maio de 2021 durante o transporte de 164kg (cento e sessenta e quatro quilos) de cocaína no helicóptero modelo Robinson 44, cor preta, matrícula adulterada PR-BAR, quando foi obrigado a fazer um pouso forçado em meio a um canavial no município de Paraguaçu Paulista/SP.
Felipe Chadi – – Era o responsável pelo apoio logístico da organização criminosa na região de Paraguaçu Paulista/SP e adjacências. Era acionado sempre que havia alguma intercorrência no transporte da cocaína, tanto que foi preso em flagrante em 20 de maio de 2021 após resgatar o piloto de helicóptero Fábio Rosa, o qual foi obrigado a fazer um pouso forçado em um canavial de Paraguaçu Paulista/SP carregado com 164kg (cento e sessenta e quatro quilos) de cocaína.
Robert Felipe – Era o mecânico do helicóptero da organização criminosa, que possuía um modelo Robinson 44, cor preta, matrícula adulterada para PR-BAR e modificado para o transporte de drogas. O denunciado fazia a manutenção do modificado helicóptero e foi chamado 4 vezes pelo piloto Fábio Rosa no dia em que fez o pouso forçado com 164kg (cento e sessenta e quatro quilos) de cocaína.
Jaqueson de Aguiar – Era o motorista da organização criminosa, responsável por transportar as drogas em veículos automotores até o comprador. Foi preso em flagrante em 29 de julho de 2021 transportando 51kg (cinquenta e um quilos) de cocaína, escondidos na carroceria da VW/SAVEIRO, cor vermelha, placa KYR-5H29. (…)
Christopher Michael – Tinha a função de “batedor” da organizaçãocriminosa durante o transporte da droga em veículos automotores. Auxiliava os motoristas indo à frente emoutro veículo para verificar a presença de alguma viatura da Polícia Rodoviária Federal ou da Polícia Militar.
As investigações começaram a partir da prisão em flagrante de integrantes da quadrilha em 2021 . Durante as investigações foi possível identificar uma tede de tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro advinda do lucro ilícito, através da ocultação edissimulação de R$ 7.422.991,00 (sete milhões quatrocentos e vinte e dois mil novecentos e noventa e um reais) referentes às movimentações financeiras e R$1.825.436,92 (um milhão oitocentos e vinte e cinco mil quatrocentos e trinta e seis reais e noventa e dois centavos) referentes às aquisições de imóveis, quantias oriundas do crime de tráfico de drogas.
Empresas de frutas, picador de madeiras, fibra, construções e distribuidora foram abertas para lavar o dinheiro do crime.
O bando adquiriu uma fazenda pelo valor de R$ 1.035.436,92 (um milhão trinta e cinco mil quatrocentos e trinta e seis reais e noventa e dois centavos), quantia essa proveniente do tráfico de drogas e, seguida; ocultando-o e colocando em nome da empresa de picador de madeiras,
Uma outra fazenda foi adquirida pelo valor de R$ 790.000,00 com dinheiro do tráfico de drogas,