Apontado como intermediário na venda de armas furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo no ano passado, Jesser Marques Fidelix, o Capixaba, teria pago cerca de R$ 85 mil pelos armamentos a um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) para repassar posteriormente o material a traficantes do Comando Vermelho.
Segundo investigações, houve depósitos em outubro do ano passado que somaram R$ 85.630,00 na conta bancária da mulher de um membro do PCC cujo valor saiu da conta da esposa de Capixaba.
Capixaba disse aos membros do PCC que pagaria R$ 120.000,00 por cada metralhadora grande (calibre ponto 50) e R$ 50.000,00 por cada metralhadora pequena (MAG)
Dez das 21 armas furtadas do quartel do Exército em SP foram recuperadas no Rio de Janeiro na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá e na Praia da Reserva, na Barra da Tijuca.
Nove armas que permaneceram nas mãos dos integrantes do PCC foram apreendidas quando seriam levadas para o Paraguai. Outras duas ainda não foram encontradas.
Capixaba teria vínculo com o CV e o PCC tendo ele, por óbvio, livre trânsito com os líderes de tais bandos criminosos, notadamente por negociar armas de enorme potencial bélico, por um preço elevado. Ele também teria elo com quadrilhas fora do território nacional.
Um dos traficantes do PCC que ficou com as armas mostrou uma das armas e outros convidados de um churrasco, mencionando ainda o denunciante com clareza, outros detalhes sobre onde estariam algumas peças faltantes das armas apreendidas.