Relembre agora como foi o crime bárbaro cometido em 2017 quando uma famílila foi assassinada em São Gonçalo. O caso teve desfecho ontem com a condenação de quatro pessoas a até 54 anos de cadeia.
O crime ocorreu no interior do apartamento onde as vítimas, na Rua Aurélio Pinheiro, 15, Bairro Barro Vermelho, São Gonçalo, quando o pai Wagner da Silva Salgado, a mãe Soraya Gonçalves de Resende, e a filha pequena Geovana, ainda dormiam, entre 4 e 6 horas da manhã do dia 17/02/2017, quando o(s) autor(es) adentraram o lar da família e efetuaram disparos típicos de execução pela natureza e sede das lesões produzidas por tiros, possivelmente de pistola Calibre E .380 e utilizando-se de uma abafador, pois não houve testemunho de vizinhos a respeito de registro de ruídos típicos de disparos de arma de fogo.
Um dos motivos do crime, foi o desentendimento antigo entre a vítima Soraya e sua irmã Simone Gonçalves Resende, uma das condenadas, que pegou a maior pena.
A primeira comunicou a prática de suposto crime de difamação praticado, em tese, pela segunda. Em seu depoimento, narrou que, após postar uma foto na companhia de seu falecido pai na rede social Facebook, no dia 16/02/2016, sua irmã teria proferido o seguinte comentário: “Vagabunda. Agora que está morto coloca foto com mensagem que um dia vai se encontrar!! Toma vergonha na cara e conta da sua mãe que você trata como uma cachorra: Você nunca trabalhou e nem sabe o que é isso. Tinha que dar muito valor a quem te criou porque quem te pariu nem na sua cara quis olhar. Cuida enquanto está viva porque depois que morrer você não vai postar fotinha arrependida. Já passou da hora de você tomar vergonha na cara e sair das costas dela. Fica a dica”
A desavença entre a vítima Soraya e sua família, que teria origem na disputa pelo patrimônio deixado por seu falecido pai e que teria se acirrado quando Wagner, que era advogado, passou a representar em juízo os interesses de Soraya em desfavor da irmã Simone.
Ouvida em sede policial, Simone confirmou as discordâncias ocorridas entre as duas quanto à administração do patrimônio deixado pelo pai de ambas, que teria havido uma “quebra de vínculo familiar” quando do casamento desta com a vítima Wagner e que, a partir daí, teriam se inviabilizado as tentativas amigáveis de resolução da partilha.
Além de Simone, foram condenados:
Matheus Resende Khalil a 49 anos
Gabriel Botrel de Araújo Miranda, a 50 anos
Diego Moreira da Cunha, a 50 anos