Leia agora um resumo do que disse até agora o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, durante audiência de instrução e julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)).
O assassino confesso falou que a arma usada no crime pode ter sido desviada de algum arsenal apreendido pela Polícia Civil já que os mandantes pediram pressa na sua devolução.
Lessa afirmou que o alvo dos mandantes_ os irmãos Brazão_ não era Marielle e sim o PSOL. Como a vereadora acabou se expondo mais na época, ela entrou no radar. Os Brazão a consideravam pedra no caminho. Mas o foco inicial era Marcelo Freixo, então líder do partido, de acordo com o ex-PM.
O acusado também falou sobre corrupção. Como trabalhou como adido na Polícia Civil em delegacias, ele contou que, quando os inquéritos eram eram só em papel, bastava pagar R$ 50 mil aos policiais civis para “sumirem” com eles.
Segundo ele, como os documentosS agora, são virtuais, a prática é pagar para desaparecer com provas, ou seja, criar obstáculos para o crime não ser elucidado, situação mais comum quando a autoria envolvia contraventores e milicianos.
Lessa disse ter recebido proposta tentadora para cometer o crime. A oferta incluía lotes de um empreendimento imobiliário na Zona Oeste do Rio, o que seria uma oportunidade de enriquecimento rápido.