A suposta morte do miliciano Jacão, um dos líderes do grupo paramilitar que age na João 23 e no Guandu, em Santa Cruz, que foi ancunciada em redes sociais na manhã de ontem, não foi confirmada.
Milicianos da quadrilha de Zinho, de quem Jacão é rival, chegaram a comemorar a notícia, que não passou de boato.
QUEM É JACÃO
Jacão foi uma das 130 pessoas presas em 2018 durante uma festa da milícia comandada por Ecko na época no interior do “Sítio Três Irmãos”, localizado na Rua Fernanda, em Santa Cruz,, oportunidade em que policiais trocaram tiros com outros componentes do grupo e apreenderam nove fuzis, dez pistolas, cinco revólveres, e 1.265 munições de variados calibres.
Por conta disso, Jacão foi condenado a três anos e seis meses de prisão.
Devido a condenação, Jacão ficou 11 meses preso mas em 2023 foi solto beneficiado por um habeas corpus.
Jacão foi citado em denúncia anexada a processo suspeito de invadir o terreno anexo de uma escola municipal para fazer obra, instalando ligações clandestinas de luz, demarcaram os loteamentos irregulares e pretendiam vender no valor de R$30.000.
Ele e comparsa circulariam armados, todas as sextas-feiras, entre 19h e às 20h, vão até os estabelecimentos cobravam os proprietários taxas de seguranças e o controle era feito através de anotações em cadernos.
Jacão e comparsas também coordenavam as centrais clandestinas de internet, tb a cabo das empresas ultra net e estrelar web e a venda de gás.
Na época de Ecko, Jacão foi citado nas interceptações telefônicas em diversas oportunidades por integrantes da milícia por ser responsável por monitorar as forças de segurança em qualquer ato objetivando reprimir as atividades ligadas ao grupo criminoso, além de exercer o controle e cobrança das vans que tem por ponto final a localidade conhecida por Reta São Fernando, tendo estreita ligação com o indivíduo conhecido por Willian Negão.
Em uma das diversas conversas interceptadas, é possível identificar sua atividade e influência na organização, ao citar o interesse em adquirir uma arma de fogo de longo alcance, a se considerar o valor, assim descrito: ´(…) o Léo me falou que ele tá querendo vender a arma dele. Eu perguntei quanto que era, ele quer trinta mil. Fala pra ele que com 50 hoje, eu compro uma zero, pô (…)
Jacão também foi citado como tendo exercido a função de segurança do grupo criminoso.
Denúncias
Pelas redes sociais, foram várias as denúncias contra Jacão. Uma delas saiu em abril quando foi postado que houve um golpe de estado tramado por ele e Zé Carlos que terminou com pelo menos seis mortos: Caolha, Eddynho, DJ Matheus, Carranca, Vitor mamae e Babão.
Jacão, segundo denúncias, teria proibido uma cervejaria de fazer entregas em Santa Cruz porque não queria pagar taxa para milícia.
Os comerciantes passaram a ser obrigados a buscar as mercadorias no posto de gasolina na Av Padre Guilherme Decaminada.