Apontado durante a semana como sendo o traficante da cúpula do Comando Vermelho que negociaria drogas com o Primeiro Comando da Capital, o traficante Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor, se beneficiava de um esquema de entrega de bilhetes dentro da penitenciária federal de Catanduvas (PR). Hoje, ele está em Bangu 3.

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O esquema de entrega de bilhetes lhe possibiltou a ele a praticar os mais diversos crimes, mesmo que segregado em um presídio de segurança máxima

My Thor foi transferido para o sistema penitenciário federal em janeiro de 2007, em razão de sua periculosidade e de sua liderança e grande influência no crime organizado deste Estado, integrante da facção criminosa Comando Vermelho.

Ele foi autorizado a retornar ao Estado do Rio de Janeiro no início do ano de 2021, o apenado, ainda integrante da citada facção criminosa, tem alternado sua estada entre as unidades estaduais Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) e Gabriel Ferreira de Castilho (unidade destinada aos integrantes da facção Comando Vermelho).

My Thor possui Carta de Execução de Sentença junto à VEP (processo nº 5004031-88.2024.8.19.0500), pela prática de crimes de furto, corrupção ativa, porte de arma, homicídio, dano, lavagem de dinheiro, tráfico e associação para o tráfico, com pena total de 35 (trinta e cinco) anos, 5 (cinco) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, cujo término está previsto para 05/10/2035.

O reeducando já cumpriu 23 (vinte e três) anos, 11 (onze) meses e 10 (dez) dias da sanção imposta e, atualmente, encontra-se no regime fechado.
Embora a Transcrição da Ficha Disciplinar – TFD não registre faltas disciplinares nos últimos 12 (doze) meses e demonstre índice de comportamento atualmente excelente, impende anotar que o penitente tem o registro de 13 (treze) faltas disciplinares, 6 (seis) delas foram graves, sendo a última praticada em 2021.

Relatório produzido pela Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, My Thor é um dos líderes do Comando Vermelho, com atuação no tráfico de drogas na comunidade do Santo Amaro, zona sul do Município do Rio de Janeiro e seria o chefe das atividades criminosas monopolizadas por sua família na região.

Há evidências de que da organização criminosa participam seu tio (Edson Pereira Firmino de Jesus, conhecido como” Zaca “), preso em maio/2013, e seu pai (Jorge Edison Pereira Firmino de Jesus, conhecido como” Bolito “ou” Balote “). Também participava da organização seu irmão Nicolas Labre Pereira Firmino de Jesus, conhecido como” Fat Family “ou” Bola “, morto em 26/09/2016.

Sua influência se estenderia, ainda, às comunidades conhecidas como Prazeres e Escondidinho, no bairro de Santa Tereza, adjacentes ao Santo Amaro, local que era controlado por Marcelo da Silva Guilherme, conhecido como” Marcelinho dos Prazeres já falecido, que era”e homem de confiança do bandido.

Teria continuado coordenando as atividades criminosas de dentro do presídio, inclusive ordenando o assassinato de sua namorada de 23 (vinte e três) anos, com quem tinha um filho.

Além disso, o extrato de inteligência afirma que,”Em outubro de 2017, a advogada Beatriz da Silva Costa foi presa por força da expedição do Mandado de prisão n. 106542/2017, acusada, entre outros crimes, de lavagem de dinheiro, e foram associados a ela os criminosos Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, de vulgo ‘My Thor’. Luiz Fernando da Costa, chamado de Fernandinho ‘Beira-Mar’, Márcio dos Santos Nepomuceno, de alcunha ‘Marcinho VP’, entre outros.

O relatório de inteligência afirma que Marco Antônio Pereira Firmino da Silva acumula um total de 39 (trinta e nove) advogados cadastrados como ativos para seu atendimento e acesso ao cárcere. Tal fato evidencia uma exigência financeira considerável incompatível com a situação atual de Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o que indica a possibilidade de” My Thor “estar sendo financiado com recursos provenientes de possíveis atividades ilícitas, de acordo com análises de serviço de Inteligência.

A Direção do Sistema Penitenciário Federal (DISPF/DEPEN) sugeriu que o custodiado não fosse devolvido ao Sistema penitenciário de origem.