Uma falsa policial aterrorizou Petrópolis ameaçando comerciantes e moradores da cidade.
Segundo consta dos autos, policiais militares foram acionados pela sala de operações para averiguar uma ocorrência na Estrada Silveira da Mota, na Posse, de uma pessoa que estaria se passando por policial, ameaçando moradores e comerciantes da região, sendo informado que tal pessoa estaria armada e com colete. Os policiais seguiram até a localidade conhecida como Trsitão Câmara, onde se depararam com um veículo em uma valeta e a custodiada do lado de fora. Ao ser abordada, a indiciada logo disse que teria “feito uma merda”, estando vestida com uma calça camuflada, uma camisa de cor preta e com uma algema em seu bolso.
Em revista ao veículo que estava na posse da custodiada, foram encontrados uma capa de colete escrito “Polícia Civil”, um soutache escrito “Altomar A+”, uma touca ninja, uma algema, uma réplica de revólver marca Amadeo Rossi com 6 (seis) itens análogos a munições, no interior da tambor da réplica, sendo que duas estavam deflagradas e quatro intactas, uma réplica de pistola Beeman p17, uma carteira porta-documento com um brasão da República com escrito “Polícia”, a chave do veículo e um celular.
Toda abordagem e revista foi gravada pela COP (J24884438), tendo a indiciada dito que foi “arrumar um dinheiro” em Tristão Câmara e que não tinha dado certo. Os policiais ressaltaram que tomaram conhecimento de que em 07/04/2024, uma pessoa teria se passado por policial e requerido dinheiro de comerciantes e moradores da região de Tristão Cãmara.
Em sede policial a vítima declarou que no último dia 07/04/2024, estava em seu estabelecimento, Bar do João, quando a custodiada, que estaria supostamente armada, lhe disse que tinha uma denúncia contra ela, algemando-a. Depois disso, a conduzida levou a vítima para dentro do bar e disse que se ela lhe desse a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais) estaria tudo resolvido. A vítima informou que não tinha a quantia solicitada, mas que tinha apenas R$ 700,00 (setecentos reais), tendo a indiciada aceitado e ido embora.
No dia dos fatos, a indiciada retornou ao estabelecimento comercial da vítima, novamente falando sobre supostas denúncias e ordenou que lhe desse a quantia de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais), tendo a vítima se negado a pagar, dizendo que não tinha esse valor e estranhando o retorno dela ao seu estabelecimento. A indiciada combinou de encontrar com a vítima em um ponto de ônibus, próximo ao bar, para receber a quantia de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais), mostrando-se nervosa e saindo logo em seguida, ao notar que havia outras pessoas no bar. A vítima ressaltou que depois disso, ficou sabendo que a suposta policial tinha caído em uma localidade conhecida como “antiga queijeira”.
O vizinho da vítima relatou que no dia dos fatos foi até o estabelecimento do ofendido para auxiliá-lo, uma vez que havia uma mulher se passando por policial e estaria pedindo a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) como fiança e que teria que conduzir todo mundo à Delegacia. Declarou que, no entanto, ao sair para atender uma pessoa, a falsa policial foi embora.