Um dos quatro milicianos mortos durante confronto com a PRF em Nova Iguaçu, Lucas Leite dos Santos, o Pará era membro do grupo paramilitar desde a época do comando de Danilo Dias Lima, o Tandera. Por conta disso, foi condenado a sete anos de prisão.
Ele atuava na ocasião em Mesquita na região da Jacutinga e Santo Elias e que possuía diálogos falando sobre comércio de armas, rondas e extorsões. Falava muito também sobre disputas territoriais e invasão de imóveis.
Exercia inicialmente a função de soldado e cobrador da milícia, Com um tempo, ascendeu na quadrilha e passou a exercer papel de destaque e liderar os GATs na região de Mesquita.
Lucas Pará se envolveu em uma briga com uma mulher que trabalha num prostíbulo da localidade e, para ameaçá-la, disse que ia “chamar o GAT” e que “o GAT era dele” e possuia diálogos falando que os policiais tinham medo dele.
Pará manteve diálogo em que trata de negociações de veículos e pagamentos e, ao final, disse a seu interlocutor que está indo a Jacarepaguá, “pegar uns bagulhos lá.
Em outra conversa, manteve diálogo em que relata ter recebido uma arma de fogo com defeito e que “se fosse tentar pegar alguém com aquela arma” iria morrer e a culpa seria do interlocutor.
Ele falou também que foi contatado por um interlocutor e esse interlocutor afirma que um amigo estaria sendo acusado injustamente de roubo e, por isso, decidiu falar sobre isso com Lucas como forma de evitar uma possível ação repressiva da milícia contra esse amigo.
Foi flagrado também falando de munição e sobre um indivíduo que teria sido executado porque teve uma discussão com “Tandera” sobre pistolas e carregadores “da firma.
A polícia pegou ainda um papo dele em que foi acionado pelo interlocutor “Rafael Bomba” (também suspeito de integrar a milícia), que fossem a Jacarepaguá para falar com William Negão. Além disso, o interlocutor pediu para o acusado “colocar uma calça e um tênis”, porque iriam tratar de “assunto de dinheiro, pra arrumar um esquema” e em seguida disse que também ia ligar “para o “Zé também botar a calça” e irem os três a Jacarepaguá
Em uma outra conversa interceptada, falou sobre um ponto de mototáxi em que um homem demonstrava ser dono do ponto de mototáxi e que estava bastante irritado com o fato de Lucas ter colocado duas motos no local e recebido pagamentos sem lhe pedir autorização (
Ele também manteve diálogo em que demonstrava preocupação com uma caminhonete da polícia reservada (P2) que estaria circulando pela localidade.
Falou ainda sobre cobranças no valor de R$ 12.000,00 com um interlocutor não identificado
Ele chegou a ser preso na posse de uma arma de fogo, na companhia de outros dois integrantes do grupo criminoso (entre eles o indivíduo conhecido como Renato Satanás, que posteriormente veio a ser assassinado em conflito com outros milicianos, segundo relato das testemunhas),